Atenção, Fapesp! Veneno não é defensivo. “Agrotóxico faz mal à saúde das pessoas e ao meio ambiente”, sim!

Tania Pacheco – Combate Racismo Ambiental

A foto que ilustra este texto foi enviada hoje com uma notícia da Fapesp – Empresa desenvolve equipamento para aplicação automatizada de agrodefensivos.  Logo na abertura, a explicação:

“O uso de aeronaves é um dos meios mais comuns para a aplicação de agrodefensivos em cultivos, mas a realização manual do processo leva a desperdício de material e pode comprometer a precisão e a segurança. Para minimizar eventuais prejuízos, pesquisadores de uma empresa de São José dos Campos (SP) desenvolveram, com o apoio da FAPESP, uma linha de produtos customizados para automatização de processos da aviação agrícola”.

E, no corpo da matéria, loas à tecnologia subvencionada pelo Estado de São Paulo, que permitirá, mediante o uso de um hardware nos aviões que controlará o bombardeio, “a aplicação autônoma, sem participação do piloto, podendo gerar uma economia de, no mínimo, 10% de agrodefensivos e de 5% de combustível”. (mais…)

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O que você escolheria: um bom hospital público ou um bom plano de saúde?, por Leonardo Sakamoto

No Blog do Sakamoto

Seria populismo idiota, é claro. Mas, ao mesmo tempo, historicamente pedagógico e até socialmente transformador se os ocupantes de cargos públicos eletivos fossem obrigados, uma vez na vida, a utilizarem um pronto-socorro do Sistema Único de Saúde (SUS) em caso de emergência.

E aproveitando que estou me refestelando em demagogia inútil, incluiria também a permissão a toda mulher pobre a usar o SUS para fazer a interrupção de uma gravidez, independentemente do motivo. Afinal, famílias mais ricas já usam, há anos, clínicas em bairros nobres nas grandes cidades. Sei que as clínicas são ilegais e, portanto, isto é apenas retórica. Mas se a realidade é hipócrita, sonhemos um pouco. (mais…)

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Nota Pública da Anistia Internacional: Resolução do Conselho Superior de Polícia mantém a lógica dos “autos de resistência”

Anistia Internacional

A resolução do Conselho Superior de Polícia publicada nesta segunda feira (04/01/2016) não promove os avanços necessários para acabar com as execuções por parte da polícia e mantém o pressuposto de que qualquer vítima da polícia estaria atuando em “oposição” e “resistência” às operações policiais. A resolução muda a nomenclatura, mas reforça toda a lógica por trás dos “autos de resistência” ao se referir às vítimas como “resistentes”. Os novo registro proposto é de “homicídio decorrente de oposição à intervenção policial”, mantendo o pressuposto de oposição  por parte da vítima.

O registro de casos de lesão corporal ou morte durante operações policiais não pode trazer em si o pressuposto da culpabilidade da vítima. Deve ser um termo técnico e neutro, que permita o registro específico dos casos em operações policiais. A determinação de que houve oposição ou resistência ou qualquer outra afirmação sobre a dinâmica daquela morte só poderá acontecer após uma investigação imparcial e independente, e não no momento do registro. (mais…)

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Indígenas resistem ao “espírito do mal”

Por Fabiana Frayssinet, da IPS, na Envolverde

Ao entardecer no rio Tapajós, um dos principais afluentes do Amazonas, os indígenas munduruku reiniciam o ritual da pesca nessa bacia rica em peixes, seu alimento tradicional. Mas o “espírito do mal”, como eles denominam a hidrelétrica São Luiz do Tapajós, pode deixá-los órfãos.“O rio é como nossa mãe. Nos dá alimentos e dele tiramos o pescado. Uma mãe alimenta com leite materno, o mesmo ocorre com o rio”, afirmou Delsiano Saw, professor na aldeia Sawré Muybu, localizada entre os municípios de Itaituba e Trairão, no Estado do Pará.

“Vão encher o rio, e os animais, os peixes, acabarão. As plantas que os peixes comem, as tartarugas, também acabarão. Tudo desaparecerá quando fizerem a inundação por causa da hidrelétrica”, destacou Saw à IPS. Com uma represa de 722 quilômetros quadrados e queda de 35,9 metros, a hidrelétrica inundaria uma área de 330 quilômetros quadrados, incluindo essa aldeia de 178 habitantes. (mais…)

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‘Eles não fazem B.O., mas a violência acontece’, diz ativista indígena em SC

Morte de garoto [Vítor] traz à tona vulnerabilidade dos povos que migram ao litoral.  ‘As prefeituras dizem que lugar de índio é em aldeia’, diz servidora da Funai.

Mariana de Ávila, do G1 SC

A morte do menino indígena Vítor Pinto, de 2 anos, assassinado com uma faca no pescoço na rodoviária de Imbituba há uma semana, levanta uma questão que vai além da violência gratuita: a vulnerabilidade dos índios que, no verão, migram de suas aldeias de origem para o litoral catarinense. “Eles não registram boletim de ocorrência, mas a violência acontece”, diz a socióloga Azelene Kaingang. (mais…)

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Protesto pede justiça à morte de menino indígena [Vítor] em Imbituba, SC

Segundo delegado, o crime pode ter sido motivado por vingança.  Mãe passou mal e não conseguiu participar da manifestação.

Do G1 SC

Dezenas de pessoas protestaram em Imbituba, na região Sul de Santa Catarina, no local da morte do menino indígena Vítor Pinto, de 2 anos, por volta das 12h desta quarta-feira (6), uma semana após o crime.

Com uma fita vermelha amarrada ao pescoço, local do ferimento que causou a morte do garoto, os manifestantes pediram justiça, embaixo da árvore, em frente à rodoviária da cidade onde Vitor estava com a mãe quando o assassino o matou. O delegado regional de Laguna José David Machado afirmou no Jornal do Almoço desta quarta que o suspeito de 23 anos pode ter cometido o crime por vingança (veja o vídeo). (mais…)

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A difícil, mas necessária travessia, por Cândido Grzybowski

Cândido Grzybowski, Ibase

Neste começo de 2016, me recuso a especular e elaborar prognósticos sobre o que poderá acontecer como desdobramento da enorme crise político-econômica que estamos vivendo, particularmente aqui no Brasil. Prefiro pensar no que é necessário fazermos, a partir da diversidade de sujeitos coletivos que conformamos como cidadania, para serem criadas possibilidades políticas de revitalização da nossa democracia. Estamos diante da necessidade de constituir uma nova hegemonia, de um novo imaginário mobilizador, de uma nova onda democratizadora da política e da economia, que seja capaz de transformar situações através da disputa democrática pautada por valores e princípios éticos dos projetos e rumos para o país. Esta é uma condiçãosine qua non para uma maior emancipação da cidadania diante da ditadura dos mercados e da especulação financeira, que quer ditar nosso futuro, nosso modo de viver em busca de bem-estar e sustentabilidade, compartindo territórios e riquezas entre todas e todos. O fato é que precisamos agir e ousar desde o aqui e o agora, porque o futuro e os caminhos a ele se fazem no caminhar. (mais…)

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