Ia escrever sobre vazamentos

Por Pio Giovani Dresch*, em Bissexto

Há meses pensava em escrever sobre vazamentos. A ideia foi nascendo lentamente, na medida em que via, ainda em 2014, manchetes bombásticas que na maior parte das vezes não se confirmaram, mas mudaram votos, inclusive de queridos amigos.

Eu os imaginava seletivos, mas não tinha a menor ideia sobre sua origem. Aí li o Fred recuperar um artigo de 2004 do Sérgio Moro, em que, louvando a Operação Mãos Limpas da Itália, dizia que os responsáveis pela operação faziam largo uso da imprensa e a operação vazava como uma peneira. Escreveu Moro naquele já longínquo ano: (mais…)

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Arte e Política em “O Triunfo da Vontade”, de Leni Riefenstahl. A câmera usada para criar mitos e ídolos

Nota: Leni Riefenstahl morreu em 8 de setembro de 2003, aos 101 anos. O artigo abaixo, do qual não consegui maiores informações, deve ter sido escrito antes desse ano, mas é atemporal. (TP)

Por Antonio Maia, na Ebah

A análise da obra de Leni Riefenstahl continua dividida entre duas óticas: a da admiração e a da repugnância. Se por um lado se encontra em Leni um gênio obstinado e incomum, é impossível separar o seu trabalho de um dos maiores horrores da história da humanidade e legitimar a defesa da autora que, até hoje, nunca mostrou sinais de arrependimento. Na sua gigantesca autobiografia, Riefenstahl defendeu-se dos ataques e alegou que era apenas uma artista a serviço de sua arte. A atitude é perversa. Mesmo que a ingenuidade exista, o que é incansavelmente discutido por críticos de cinema e por admiradores da arte em geral, é no mínimo uma ingenuidade perigosa. “O Triunfo da Vontade” (1935), mais do que um filme de propaganda, glorifica e mistifica o regime nazista e pode ser facilmente considerado infame por isso. (mais…)

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Defender a Constituição, preservar a democracia*

Pois a criança vai crescer porque a gente quer!
A mulher e o homem vão sonhar e realizar seus sonhos juntos, porque a gente quer!
Vai – sim! – ser tempo de ver lua…
E de colher rosa do pé!
(Mario Lago, Canção do não tempo de lua).

No Justificando

São tempos estranhos, angustiantes e, às vezes, sombrios. A Constituição da República, documento mais importante da nação, síntese do grito de liberdade que espantou as trevas de 1964 é agredida, dia pós dia, por autoridades que não guardam o mínimo de zelo democrático e, como se viu, até mesmo pela Suprema Corte. (mais…)

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Marco Aurélio Mello, na CBN: ‘Teremos dias melhores nesta sofrida República’

Pressionado por apresentadora sobre justificativas para a ação de sexta (4), ministro do STF volta a dizer que nada justifica o ato de força e que o direito não pode retroceder à Idade Média

Por Redação RBA

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a afirmar ontem, em entrevista à rádio CBN, que nada justifica o ato de força que foi a operação desencadeada na sexta por agentes da Polícia Federal, do Ministério Público e pelo juiz Sérgio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mello expressou preocupação não apenas com a “terrível” repercussão para a imagem do Brasil no mundo como também com o próprio Estado de direito: “Se ocorre com um ex-presidente da República algo tão extremado, imagina o que pode ocorrer com um cidadão comum”, alertou. (mais…)

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Comunicado Urgente: Impiden la salida de Gustavo Castro de Honduras, tememos por su vida

Comunicado Otros Mundos AC/Chiapas – Amigos de la Tierra México

Hoy domingo a las 5:00am el mexicano Gustavo Castro Soto, defensor de derechos humanos herido durante el asesinato de Berta Cáceres, fue interceptado por autoridades hondureñas en el puente migratorio del Aeropuerto Internacional de Tegucigalpa, Honduras, cuando intentaba abordar el avión que lo traería de regreso a México. (mais…)

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Lacerdismo jurídico ou Moro acima da lei

Por Geraldo Prado, em Justificando

A Constituição da República está sendo sistematicamente violada no âmbito da Operação Lava-Jato.  Os tribunais, ao tolerarem as violações, fragilizam as bases constitucionais da nossa democracia.

As democracias contemporâneas não estão fundadas na força das armas, mas na convicção de que as regras da Constituição e dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos, orientadas à contenção do poder e à evitação do arbítrio, obrigam a todos.

Como na história recente de tentativas de golpes parlamentares na América Latina, é perceptível um padrão de conduta que define neste momento quase-tardio não mais a qualidade das violações, mas a intensidade e sua oportunidade. (mais…)

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