MAB: Nota de solidariedade ao MST

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Nesta quinta-feira, 07 de abril, a classe trabalhadora foi duramente golpeada. Dois integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram assassinados e pelo menos outros seis ficaram feridos após sofrerem uma emboscada, nas proximidades do acampamento Dom Thomás Dalduíno, no município de Quedas do Iguaçu (PR).

Ao nos aproximarmos dos 20 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, onde 19 sem-terra foram assassinados, a Reforma Agrária não avança e as forças populares enfrentam uma escalada crescente de violência, criminalização e tentativa de intimidação da classe trabalhadora.

Lembramos que o estado do Paraná tem sido palco de uso da violência burguesa e policial, quando do assassinato dos companheiros sem-terra Antonio Tavares e Valmir Mota de Oliveira, o Keno, e mais recentemente da batalha sangrenta em que a policia militar do governo Beto Richa, do PSDB, lançou bombas sobre professores e servidores estaduais em luta, resultando em mais de 200 feridos no dia 29 de abril de 2015.

Esta ofensiva sobre a classe trabalhadora atende aos interesses imperialistas, das transnacionais e encontra terreno fértil no aparato do estado (políticos conservadores, parcelas do judiciário e polícias) e em setores empresariais, que impulsionados pela grande mídia forjam um ambiente de ódio e intolerância, premissas para consolidação de um estado de exceção e caos, que justifique o golpismo e o fascismo.

Neste momento de dor, os atingidos por barragens de todo Brasil se solidarizam aos familiares, amigos e aos companheiros de luta das vítimas. Nos colocamos ao lado de todos que lutam por justiça social e exigimos rigorosa apuração e responsabilização dos mentores e executores deste crime brutal, inclusive das autoridades.

Que o exemplo de luta e coragem destes valorosos companheiros alimente nosso espírito de militância, até que possamos derrotar definitivamente o latifúndio, a burguesia, as transnacionais e realizarmos a Reforma Agrária Popular, rompendo com todas as formas de opressão e dominação sobre os trabalhadores.

Que este momento de luto se transforme em coragem para a luta.

Não vai ter golpe, vai ter luta e reforma agrária, já!

Coordenação Nacional do MAB

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