Como um espião infiltrado da Força Nacional se entranhou em um grupo de manifestantes cariocas e depois tornou-se a principal testemunha de acusação contra eles
Por Natalia Viana da Agência Pública
Eloísa Samy é dessas mulheres que aparentam não ter medo de nada. Orgulhosa advogada há 20 anos, fala alto e com uma convicção que impressiona. Nas redes sociais, é constantemente vista em disputas fervorosas com outros ativistas. Da mesma maneira aguerrida, defende seus clientes. Foi ela a advogada que defendeu a menina de 16 anos vítima de estupro coletivo no morro da Barão, na zona oeste do Rio de Janeiro, no ano passado. Depois de ter denunciado a maneira como sua cliente foi tratada pelo titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que culpou a própria vítima, conseguiu afastá-lo do caso – e da delegacia. (mais…)