‘Você e o seu tipo não são bem-vindos’: Tinder publica carta aberta ao banir usuário por racismo e sexismo

No Tudo Celular

Nick Vedovi, cidadão de São Francisco, 24 anos, foi banido publicamente do Tinder, para sempre, por enviar mensagens racistas e sexistas a um match. Após trocar mensagens com uma mulher no aplicativo, convidou-a para um drink. Por ela não responder imediatamente, Vedovi perdeu a compostura e enviou uma série de insultos racistas e sexistas.

Além dos insultos misóginos, Vedovi enviou emoji exibindo o dedo do meio. A usuária enviou capturas de telas da conversa a Kevin Tran, um amigo que também conheceu Vedovi na faculdade. Eles conversaram e após negar a história, Nick o bloqueou. Tran postou as capturas de tela no Facebook.

Várias outras mulheres comentaram que tiveram conversas semelhantes com Vedovi. Tran fez ainda uma atualização em seu post compartilhando um relato de que Vedovi “tem um passado bem documentado de assédio, ataques e abuso emocional”, e que ele chegou a ser condenado, mas não enfrentou nenhuma consequência além da terapia.

Acontece que esse não é um caso isolado. É muito comum mulheres publicarem conversas que acabam em ofensas simplesmente porque demoram a responder ou por dizerem “não”. Aproveitando que essa publicação em específico gerou bastante repercussão, o Tinder decidiu fazer de Vedovi um exemplo.

Rosette Pambakian, vice-presidente de comunicação e marca do Tinder, escreveu e publicou no blog oficial da empresa uma carta aberta direcionada a Vedovi, com direito a tradução para 15 idiomas. Entre eles, o português.

“Ei, Nick (e todos que se comportam como ele), nós estamos varrendo vocês para longe”, começa a carta intitulada “Em comemoração ao Dia Nacional do Porco”.

O Tinder tem uma política que não tolera desrespeito. Sem discursos sexistas. Sem porcos machistas. Sem brincadeiras de mau gosto. Sem babacas incapazes de superar suas ineptidões tempo suficiente para ter uma conversa decente com outra pessoa no Tinder.

Além de citar que ficou pessoalmente ofendida com as palavras do ex-usuário, Resette escreveu que as mensagens “foram um ataque”, não só contra aquela mulher, mas “contra todas nós”.

Ela também menciona que todos os dias a equipe trabalha “para livrar nosso ecossistema de parasitas” como Nick. Cita que ele fez excelentes escolhas na universidade, “já que agora vai ter que procurar muito para encontrar uma empresa” que o contrate, pois “mas mais e mais mulheres estão se tornando empreendedoras e líderes empresariais de sucesso.”

A voz feminina está ficando cada vez mais abrangente. Então deixe-me dizer isso em alto e bom som: você e o seu tipo não são bem-vindos no nosso mundo.

E nós temos o poder para manter você fora dele.

Portanto, cuidado com o que envia nas conversas em aplicativos. Não porque podem aparecer publicamente em capturas de tela, mas porque, sem dúvidas, misoginia, preconceito, assédio e racismo tornam a internet cada vez mais um lugar insuportável.

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