Argentina: a onda anti-imigração chega à América Latina

Comunidades latino-americanas estão assustadas com o endurecimento de regras para imigrantes promovido por Macri, o amigo empresário de Trump

por Lucas Ferraz, da Agência Pública

Johnny vivia na Argentina havia 20 anos, tinha filhos nascidos no país, uma pequena empresa de mudanças e também uma condenação por tráfico de drogas que lhe rendeu quatro anos de prisão. Em 2016, uma década depois do cumprimento da pena, o registro criminal foi extinto conforme as regras argentinas. No último dia 19, no entanto, ele foi abordado por policiais no lugar onde trabalhava em Buenos Aires. Levado para prestar esclarecimentos, foi encaminhado no dia seguinte para o aeroporto de Ezeiza e, sem ter tido acesso a um advogado, foi despachado num avião para o Peru, seu país natal. (mais…)

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Ruralista pede prorrogação da CPI Funai/Incra e interfere em demarcação de quilombo

Por Renato Santana,  Cimi

Com o prazo regimental se encerrando no próximo dia 27, o deputado ruralista Alceu Moreira (PMDB/RS) protocolou requerimento na Mesa Diretora da Câmara Federal solicitando a prorrogação – por 60 dias – dos trabalhos da CPI da Funai/Incra 2. “Todos os esforços deste Presidente, Deputado Alceu Moreira, (…) não se revelaram suficientes para o cumprimento das metas pretendidas”, justifica o parlamentar ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ). (mais…)

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Homem que matou o bebê Vitor Pinto Kaingang em Imbituba vai a júri popular nesta terça-feira

Por Angela Bastos, no Diário Catarinense

O plenário da Câmara de Vereadores de Imbituba, no sul do Estado, abre as portas na manhã desta terça-feira para o julgamento de um dos crimes com maior repercussão dos últimos anos em Santa Catarina, que chocou o país e alcançou repercussão internacional: começa o júri popular que vai definir o destino de Matheus Ávila Silveira, 24 anos, que confessou ter matado o menino Vitor Pinto, dois anos, indiozinho da etnia Kaingang. O assassinato aconteceu no dia 30 de dezembro de 2015. (mais…)

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O que é Racismo Ambiental

Por Maíra Mathias, na Revista Poli/Fiocruz

Dakota do Norte, Estados Unidos, 2016: uma empresa petrolífera está em vias de terminar a construção de um oleoduto com quase dois mil quilômetros de extensão. O traçado original é abandonado para evitar que a tubulação passe próxima de Bismarck, capital do estado, já que moradores e autoridades locais temem pela contaminação dos mananciais de água que abastecem a cidade. A solução encontrada? Desviar a rota do oleoduto para os limites da Reserva Indígena de Standing Rock, rente ao lago e ao rio que abastecem os índios Sioux. Carolina do Norte, Estados Unidos, 1982: rejeitos químicos são depositados há uma década no condado de Warren, um dos locais mais pobres do estado onde historicamente se estabeleceram comunidades descendentes de escravos. A substância alocada por lá, conhecida como PCB, é tão tóxica que o Congresso do país baniu a sua produção em 1979. A promessa das autoridades é de que, uma vez atingida a capacidade máxima, o depósito será desativado e transformado em área de recreação. Não só o lixão continuou em operação como foi expandido diversas vezes. (mais…)

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Povo Xukuru-Kariri sofre novo ato de violência e jovem indígena acaba morto; é o segundo episódio em cinco meses

Por Renato Santana, Assessoria de Comunicação – Cimi

O jovem Xukuru-Kariri Damião Lima da Silva, de 28 anos, mais conhecido como Dão, foi assassinado na última quarta-feira, 08, em uma área sobreposta à terra indígena ocupada por posseiros, no município de Palmeira dos Índios (AL). Os autores do crime, executado com requintes de crueldade, ainda não foram identificados. (mais…)

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Democracia já tem quase 2 mil assassinatos políticos no campo

Cauê Seigner Ameni – De Olho nos Ruralistas / Justificando

O ano de 2016 deixou uma marca de retrocessos pelo país. No campo a situação não foi diferente: o número de assassinatos causados por conflitos de terra retroagiu 13 anos. Com 60 mortes, 20% a mais que o ano anterior, 2016 tornou-se o ano mais violento no campo desde 2003, quando 71 pessoas foram assassinadas por lutarem pela reforma agrária e por seus territórios tradicionais, de acordo com o relatório Conflitos no Campo Brasil em 2016, da Comissão Pastoral da Terra (CPT). (mais…)

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