Samarco entrega plano para retirada de rejeitos do rio Doce

Por Marcos de Moura e Souza, Valor

A Fundação Renova, criada pela mineradora Samarco para tratar dos danos ambientais do desastre de Mariana (MG), anunciou nesta segunda-feira um plano para retirar cerca de 11 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro depositados no leito e margens do rio Doce. 

Para isso, poderão ser usadas técnicas de escavação, dragagem e retirada manual do material, que escorreu da barragem de Fundão. A barragem armazenava rejeitos da Samarco e se rompeu em novembro de 2015.

A fundação diz que ainda não definiu onde será colocado o rejeito que está do rio, tampouco deu uma prazo para o início dos trabalhos nem o tempo de conclusão da retirada.

O plano será entregue ao Ibama e a órgãos ambientais de Minas Gerais e Espírito Santo no dia 20 e só então, durante o processo de aprovação, serão detalhadas mais ações. Uma das propostas já definidas pela Renova é a ‘divisão’ do rio em 14 trechos, segundo o grau de impacto causado pelo rompimento da barragem, para a realização da limpeza. O estudo identificou também oito tipos de deposição.

O rompimento de Fundão matou 19 pessoas e espalhou uma onda de rejeito que viajou de Mariana por rios que formam o Doce e pelo próprio Doce até a foz, no Espírito Santo.

Imagem aérea mostra a lama no Rio Doce, na cidade de Resplendor (MG) – Fred Loureiro/Secom-ES – Arquivo

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