CPT recebe prêmio de direitos humanos Dom Oscar Romero oferecido pela Universidade de Dayton (EUA)

Na CPT

A Universidade de Dayton agracia com o prêmio de direitos humanos “Dom Oscar Romero” a CPT, organização na qual, segundo eles, “irmã Dorothy Stang, natural de Dayton, dedicou sua vida na luta pela terra”.

A organização brasileira na qual a Irmã Dorothy Stang – natural de Dayton – trabalhou antes de seu assassinato em 2005 será agraciada com o prêmio internacional de direitos humanos da Universidade de Dayton. 

A Comissão Pastoral da Terra (CPT) vai receber o prêmio de Direitos Humanos Dom Oscar Romero, destinado a homenagear um indivíduo ou uma organização que tem merecido destaque por promover a dignidade de todos os seres humanos e aliviar o sofrimento humano.

Dom Enemesio Lazzaris, bispo presidente da CPT, e Xavier Plassat, coordenador da campanha da CPT contra o trabalho escravo, viajarão até Dayton para receber o prêmio que será entregue pelo presidente da Universidade de Dayton, Eric Spina, durante uma cerimônia marcada para as 17h30 do dia 28 de março, no salão de festa União Kennedy, no campus da Universidade de Dayton.

Criado em 2000, o prêmio é uma homenagem ao ministério e ao martírio de dom Oscar Romero, arcebispo salvadorenho assassinado em 1980, enquanto celebrava uma missa, em razão de sua firme defesa dos direitos humanos dos pobres e marginalizados. Em 2015, o Papa Francisco colocou Romero no caminho da canonização proclamando Romero como mártir e beato.

“Estamos concedendo o prêmio Beato Romero à CPT pela sua corajosa defesa dos pobres, das vítimas de trabalho escravo, e do meio ambiente”, disse Mark Ensalaco, diretor de pesquisa na Universidade do Centro de Direitos Humanos de Dayton e criador do prêmio. “Como Romero, a CPT faz seu trabalho enfrentando graves riscos para seus agentes. Em 2015, 50 pessoas foram assassinadas no Brasil em conflitos no campo. Mas a CPT não permitiu que o medo possa impedir seu trabalho de defesa. Todos nós, nos direitos humanos nos inspiramos no exemplo da CPT”.

Entre os últimos homenageados pelo Prêmio Arcebispo Romero da Universidade, estão:

* Juan Méndez, relator especial das Nações Unidas sobre a tortura.

* A Casa Alianza, que coordena programas de ajuda a crianças de rua e abandonados, na Guatemala, Honduras, México e Nicarágua.

* Radhika Coomaraswamy, ex-Relatora Especial das Nações Unidas sobre a Violência contra a Mulher.

* Juan Guzman, o juiz chileno que processou o ditador chileno Augusto Pinochet.

* Bernard Kouchner, co-fundador de Médicos Sem Fronteiras.

* Serviço da migração e dos refugiados da Conferência episcopal dos EUA.

* Cardeal Óscar Rodríguez Maradiaga, presidente da Caritas Internacional, uma organização baseada no Vaticano e integrada por 160 organismos de caridade que trabalham em seis continentes.

Além da apresentação do prêmio, os homenageados vão participar de um simpósio aberto ao público, das 13h30 às 16h30 no salão de festa União Kennedy, sobre o trabalho da CPT, a situação política no México e na América Central e do Sul, a política fronteiriça EUA-México, a imigração, e os produtos produzidos com trabalho escravo que acabam em lares americanos.

Entre os painelistas estão representantes atuais ou passados da REPAM, uma rede apoiada pelo Vaticano, que aborda questões de direitos humanos na Amazônia; do Centro de Direitos Humanos da Universidade de Dayton; da Catholic Relief Services, uma das maiores agências de ajuda humanitária no mundo; da Arquidiocese de Cincinnati; da Operação “Bem-vindo em Dayton”; e da USAID, a principal agência do governo dos EUA no trabalho contra a pobreza extrema no mundo e pelo apoio à democracia.

 

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