MPF defende agravo da Funai a favor da proteção de indígenas que ocupam fazenda na Bahia

A comunidade Kariri Xocó se estabeleceu na propriedade em agosto do 2016, mas a empresa Uzi Construtora Ltda afirma deter posse da propriedade

No MPF

Na semana passada, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) conseguiram suspender a reintegração de posse formulada por empresa construtora em virtude da ocupação da Fazenda Tapera de Paulo Afonso pela comunidade indígena Kariri Xocó, no município de Glória (BA). O MPF já havia se manifestado a favor do agravo de instrumento da Fundação Nacional do Índio (Funai) contra decisão proferida pelo Juízo da Vara Única da Subseção Judiciária Paulo Afonso (BA), que deferiu a reintegração de posse. (mais…)

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Vestibular Indígena na UFAC

Coluna Papo de Índio

Estávamos desde segunda-feira (03 de abril) em um grande seminário promovido pela Secretaria de Educação do Estado do Acre e a Comissão Pró-Índio do Acre, com o apoio da UNICEF, chamado “Subsídios para a criação das categorias ‘escola indígena’ e ‘professor indígena’, e outros marcos para a gestão intercultural da EEI no Acre”. Professores e técnicos pedagógicos indígenas de quase todas as regiões do estado, vindos de Terras Indígenas de diferentes rios e falantes de diferentes línguas, conversavam com intensidade sobre a situação atual e sobre o futuro de seus trabalhos na educação escolar em suas aldeias, sempre no sentido de ajudar o Estado a elaborar bases legais para garantir a continuidade e a melhoria das escolas. Durante as manhãs e as tardes as vozes se sucediam, hora animadas e alegres, hora mais graves e preocupadas, mas sempre muito cuidadosas e ponderadas, afinal, todos os professores presentes tem muita experiência e compromisso com os seus parentes, que esperam as boas notícias chegarem na aldeia. As discussões passavam por atualização de assuntos tão importantes e interessantes como “o que define uma escola indígena de qualidade?”, “quais são as responsabilidades e as competências do professor indígena?”, “quais são as responsabilidades da SEE e de outras instituições?” e outros temas. (mais…)

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Denunciar Temer nas missas, por Roberto Malvezzi (Gogó)

Roberto Malvezzi (Gogó)

Estávamos no auge do Regime Militar. A tortura e as mortes aconteciam sem que a sociedade soubesse. Então, num sábado à noite, D. Paulo Evaristo Arns foi celebrar uma missa na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Jardim Paulistano, São Paulo. Ali, numa roda miúda, nos disse que um jornalista tinha sido assassinado nas dependências do Exército. Era Vladimir Herzog. Então, a Arquidiocese de São Paulo tinha lançado uma nota para ser lida em todas as missas dominicais. Era uma denúncia corajosa e franca dos porões da ditadura e da morte de Herzog. (mais…)

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É possível perder-se no caminho do sagrado?

Por: Jairo Lima – Crônicas Indigenistas

Certo dia, eu estava no escritório quando a secretária anunciou que uma senhora gostaria de falar comigo. Perguntei o assunto, mas ela não soube me informar, então pedi que a trouxesse à sala que eu atenderia. Nisso, entrou uma jovem senhora, não mais que seus quarenta anos, bem arrumada, perfumada e com um ar de dignidade que não conseguia disfarçar certo nervosismo ou urgência no assunto que gostaria de tratar comigo. (mais…)

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Pela absolvição de Darci Sant’Ana, condenado por fazer duas roças em seu território ancestral no Vale do Ribeira

Tania Pacheco

No dia 1º de novembro de 2016, Darci Sant’ana, vice-presidente da Associação das Comunidades Caboclas do Ribeirão dos Camargo, foi condenado a um ano e 11 meses de prisão em regime semi-aberto. Seu crime? Repetir uma tradição centenária, herdade de seus ancestrais indígenas: a roça de coivara. (mais…)

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Desertificação da Caatinga gera impactos socioeconômicos. Entrevista especial com Humberto Barbosa

Patricia Fachin – IHU On-Line

O desflorestamento, o uso intensivo de terras para a agricultura e a pecuária e a retirada de lenha para fins energéticos e de mineração estão entre os fatores que originaram o processo de desertificação na Caatinga, especialmente na região da Paraíba, a qual tem aproximadamente 94% de suas terras afetadas por esse processo, diz Humberto Barbosa, coordenador do Laboratório de Processamento de Imagens de Satélites – Lapis, que tem monitorado a região. Segundo ele, “93,7% do território do estado está em processo de desertificação, sendo que 58% em nível alto de degradação. (…) Existem microrregiões no estado cujo processo de desertificação já se encontra em estado grave ou muito grave, como em Seridó e Cariris”. (mais…)

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