Crescem os lucros e a barbárie, também, por Cândido Grzybowski

No Ibase

O ajuste econômico imposto pelo governo está sendo uma restauração do mais selvagem capitalismo. Que se danem trabalhadores, pobres e excluídos. Que se dane a sociedade como um todo, pois o que mais importa é ganhar dinheiro. Direitos iguais? Ora, ora! Tudo deve ser proporcional ao mérito, ao empreendedorismo, à capacidade de buscar o máximo para si. Direitos só para os bem sucedidos, aqueles que merecem, que podem inclusive comprar favores e, por que não, “adquirir direitos” de asseclas nos governos, entre políticos e representantes do judiciário. O dinheiro, a exploração e os lucros são os únicos que contam, pois são os pilares do capitalismo. E quanto mais livre, mais global, mais independente de regulações, acima de direitos de povos e cidadãos, a saúde do capital, medida por sua taxa de crescimento da acumulação, será melhor para todos. O parâmetro é a lei da selva: que vençam os mais fortes e, também, os espertos e ladrões, no caso humano. (mais…)

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Amazônia, terra sem lei: Grileiros comandam avanço da fronteira agropecuária sobre a floresta

Tapajós sob ataque Parte 13 – Projetos industriais na bacia do Tapajós podem destruir uma área maior que o Paraná e provocar o colapso do ecossistema amazônico. Veja o que está em jogo e quem resiste

Por Mauricio Torres, Sue Branford, no The Intercept Brasil

Na região onde a fronteira agrícola se expande na Amazônia, fala-se um dialeto específico.  Isso ficou claro quando, durante nossa reportagem, sentamos à mesa com Agamenon da Silva Menezes, presidente do Sindicato Rural dos Produtores de Novo Progresso, em seu escritório, no centro da cidade de mesmo nome, no oeste do Pará. Enquanto o equipamento para filmar a entrevista era montado, um homem entrou agitado na sala e, sem olhar para nós, falou diretamente a ele: “Eles estão tomando conta da área. Precisamos fazer alguma coisa. Já”. Agamenon respondeu em voz baixa: “Vamos fazer, sim. Depois falamos”. Fez um gesto para o homem calar e, bruscamente, nos perguntou: “Vamos começar?” (mais…)

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Secretaria de Justiça do MS mobiliza 200 homens e Exército para apreender armas de brinquedo em aldeia indígena

Operação contou com Polícia Militar, Civil e Exército

Por Anny Malagolini, no Midiamax

A Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) deflagrou na madrugada de hoje, 25 de abril, ‘força-tarefa’ para cumprir 14 mandados de busca e apreensão na aldeia Tey’iKue, em Caarapó – a 273 quilômetros de Campo Grande. No local foram encontradas duas armas de brinquedo (Simulacros), munição usada e um coldre vazio (estojo para arma). (mais…)

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Relatórios lançados no ATL escancaram violação de direitos indígenas

“Há um padrão de graves violações de direitos humanos que o Estado brasileiro ainda precisa reconhecer”, afirma Erika Yamada, relatora da Plataforma Dhesca

APIB -Mobilização Nacional Indígena

Na noite de ontem (24/4), a plenária de abertura do 14º Acampamento Terra Livre (ATL), maior mobilização indígena dos últimos anos, foi o espaço para o lançamento de um conjunto de documentos sobre a situação dos direitos indígenas no País. (mais…)

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Mobilizados pela Sobrevivência

Por Renato Santana, jornalista do Cimi, Especial para o Le Monde Diplomatique

Um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) voltou a tramitar na Câmara Federal. Entre os mais de 100 envolvendo a questão indígena, a matéria em destaque pretende sustar a demarcação da Terra Indígena (TI) Taego Ãwa, do povo Avá-Canoeiro do Araguaia (TO). A Portaria Declaratória do Ministério da Justiça, publicada em 11 de maio de 2016, garantiu a posse do território ao povo impedido de forma violenta, na década de 1970, a manter a sua escolha pela condição de livre. Depois de retirados à força da Mata Azul, os indígenas foram enjaulados, expostos para visitação pública, boa parte morreu de doenças alheias à vida longe da sociedade branca e os remanescentes acabaram entregues aos Javaé – ocupantes de uma terra vizinha ao território Avá-Canoeiro. Tutawa Ãwa, ancião capturado ainda jovem pela frente de atração da Fundação Nacional do Índio (Funai), morreu em 2015 sem ao menos ter o direito de ser enterrado no último refúgio de seu povo antes do trágico contato: o Capão de Areia. (mais…)

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