O chamado da floresta. Desta sexta-feira (28) até primeiro de maio, os povos da Amazônia estarão reunidos em Tarapoto, no Peru, para o Oitavo Fórum Social Panamazônico (FOSPA). Entre as atividades do evento está a Nave Rádio, onde indígenas, quilombolas e ribeirinhos poderão contar suas histórias, riquezas e lutas.
A AMARC Brasil (Associação Mundial de Rádios Comunitárias) participa da rádio com os integrantes do projeto Mídia dos Povos, que trabalha a comunicação com os povos da Amazônia. Para saber o que podemos esperar da programação da Rádio Nave, a Pulsar Brasil conversou com Lígia Apel, representante da Rede de Mulheres da AMARC, e com Eduardo Enrique, representante da população ribeirinha da Pará.
De acordo com Lígia Apel, a rádio pretende mostrar toda a diversidade da Amazônia. Ela conta que o lado brasileiro contará com o programa “Vozes da Amazônia”, que vai abordar a luta por direitos e as diferentes culturas que precisam ser preservadas.
A equipe brasileira possui representantes dos diversos povos tradicionais da Amazônia, entre eles Eduardo Enrique, que passou grande parte de sua vida na reserva extrativista (RESEX) Tapajós-Arapiuns. Ele acredita na importância de se mostrar todas as faces da amazônia e traz a realidade do povo ribeirinho do Pará, que luta contra a invasão de madeireiros, a questão dos créditos de carbono, além do agronegócio.
A rádio é uma iniciativa de mais de 30 integrantes das redes de comunicadores da floresta, formada pelos coletivos La Nave Va e Mídia dos Povos. A Rádio Nave vai funcionar durante todo o evento, com programação de oito e meia da manhã as oito horas da noite, no horário do Peru. Já no horário de Brasília será das 10 e meia da manhã até 10 horas da noite. A rádio poderá ser ouvida em todo o mundo no site Pororoca.
Audios:
- Lígia Apel fala sobre a importância de se mostrar a diversidade da Amazônia : CLIQUE PARA BAIXAR (1 MB)
- Eduardo Henrique fala sobre a realidade do povo ribeirinho : CLIQUE PARA BAIXAR (2 MB)
