A Folha se supera. PM agressor de estudante é “homem trajado como PM”

 Por Fernando Brito, no DCM

Há um limite para ceder ao patrão e os coleguinhas da Folha o ultrapassaram. Não sei se sua ombudsman o comentará, mas o jornal paulista se supera.

Ao descrever a brutalidade estúpida que foi feita contra o estudante  Mateus Ferreira,  em cheio na cabeça , a sua matéria diz que ele é ” atingido na cabeça por um golpe de cassetete desferido por um homem trajado como policial militar”

Trajado com o policial militar?

Não é um PM?

Era um “bolivariano” usando a farda da polícia, disfarçado?

Mas há vergonha maior do que este acanalhamento da mídia, expresso num texto de fazer qualquer profissional corar de vergonha.

Os governantes -mais que o energúmeno que solta suas taras “mandando ver” com o cassetete na cabela alheia – são os verdadeiros agressores.

Primeiro, porque os abusos de violência em manifestações viraram rotina – desde que, claro, os manifestantes não sejam da direita –  e nada fizeram para que isso fosse contido.

Segundo, porque quando resolvem usar a polícia contra simples manifestações estão, na prática, transformando a PM numa matilha açulada.

Que tira “selfies” com os coxinhas e desce a borduna com os outros.

As mãos no cassetete são do PM criminoso, mas quem desfere o golpe é a direita .

Mateus está numa UTI, entre a vida e a morte. Tomara que não se conte um assassinato nesta greve.

Mas tentado, ele já foi. O autor material  foi “um homem trajado como policial militar”.

Já os autores intelectuais estão muito bem instalados em palácios e gabinetes de redações.

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