De faxineira a juíza, a história de uma mulher pobre e negra no Brasil

Adriana Queiroz pagou parte dos seus estudos como limpadora de um hospital e escreveu um livro

Por María Martín, no El País

A luz do quarto de Adriana Queiroz estava sempre acessa nas madrugadas. Ela trabalhava durante o dia, estudava às noites e rezava para que quem apenas a via como uma mulher negra, pobre e filha de analfabetos não quebrasse seu sonho. Adriana não queria ser o que os outros esperavam dela, ela queria ser juíza em um país onde a taxa de analfabetismo das mulheres negras (14%) mais que duplica a das brancas (5,8%), segundo o IBGE. (mais…)

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Trabalhador queima metade do corpo após Justiça liberar máquina interditada

Outro funcionário já havia queimado 70% da pele em caldeira semelhante. Juiz suspendeu a interdição feita por auditor fiscal do trabalho, colocando os trabalhadores em risco

Por Piero Locatelli, no Repórter Brasil

No início de março, Joel Valdemiro de Borba teve 70% do corpo queimado em uma máquina de pintar tecidos na Nobre Indústria Têxtil, em Gaspar, Santa Catarina. Dez dias depois do acidente, um auditor fiscal do trabalho interditou essa e outras máquinas devido ao risco de novos acidentes acontecerem. Mas a Justiça liberou o funcionamento alegando que o auditor não interditou imediatamente as máquinas (portanto, não haveria risco), que a empresa demonstrava “certa boa vontade” em corrigir o problema e que sua interrupção traria prejuízos financeiros à empresa e aos trabalhadores. (mais…)

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Contra o poder, exercite sua memória, por José Ribamar Bessa Freire

No Taqui Pra Ti

“A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento”.
(Milan Kundera, 1979)

O escritor tcheco Milan Kundera já estava exilado em Paris, em 1979, vagabundando pelo Quartier Latin, quando publicou aos 50 anos “O livro do riso e do esquecimento”, dividido em sete narrativas, que discutem, entre outras coisas, o esquecimento que o poder nos impõe e que acabamos aceitando. O direito de lembrar não está incluído na Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada pela ONU, onde a palavra “memória” sequer é citada. Esse direito, frequentemente, nos é negado. O esquecimento, que gera impunidade, é o que leva uma nação inteira a reeleger delinquentes e assaltantes dos cofres públicos. (mais…)

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Feridos e hospitalizados chegam a 22 depois de ataque a indígenas Gamela no Maranhão

Por Renato Santana, de Viana, Maranhão, no Cimi

Apuração realizada durante esta semana revelou que o número de feridos entre o povo Gamela, atacado no último dia 30 em uma área retomada no Povoado das Baías, município de Viana (MA), é ainda maior: 17 Gamela sofreram algum tipo de ferimento – entre estes indígenas, duas crianças e um pré-adolescente. Somados aos cinco baleados, chega a 22. O dado anterior a esta verificação dava conta de 13, sem os cinco Gamela feridos a tiros – três seguem internados no Hospital Central, em São Luís. (mais…)

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