Donald Trump retira EUA do Acordo de Paris sobre o clima

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WASHINGTON — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do país do Acordo de Paris, que prevê uma série de esforços para impedir o aumento da temperatura do planeta em mais de 2 graus Celsius. O anúncio foi feito por volta das 16h30 desta quinta-feira. Funcionários da Casa Branca já haviam adiantado essa informação a vários setores da imprensa americana, e, antes mesmo do anúncio oficial, veículos como CNN e Associated Press já davam como certa a saída dos EUA na última quarta-feira.

Agências de notícia internacionais já davam como certa a retirada dos Estados Unidos do pacto. De acordo com a agência Reuters, que teve acesso antecipado ao documento que relata a saída dos EUA, Trump irá assumir que mantém a sua promessa de olhar primeiro para os empregos dos norte-americanos, acrescentando que, com o Acordo de Paris, a China irá continuar a ser o maior poluidor até 2030.

À BBC, o conselheiro de política energética da Casa Branca, Michael Catanzaro, havia confirmado por volta das 15h20 desta quinta-feira, durante uma teleconferência com funcionários do Congresso, que “os Estados Unidos estão saindo do acordo de Paris”. Catanzaro acrescentou que Trump “estará aberto e procurará imediatamente um acordo melhor”.

— Vamos iniciar esse novo processo, que deve levar quatro anos no total. Mas vamos deixar muito claro para o mundo que não vamos cumprir o que a administração anterior concordou — afirmou ele.

Funcionários da Casa Branca já haviam adiantado essa informação na última quarta-feira a vários setores da imprensa americana. A informação de que Trump iria retirar o país do acordo havia sido noticiada pelo “New York Times” e pelas emissoras Fox News e CBS, e pelo site Axios, o mesmo que noticiou nesta segunda-feira que Michael Dubke deixaria o cargo de diretor de Comunicação da Casa Branca.

Pelo Twitter, na última quarta, Trump não negou nem confirmou a informação, mas afirmou que iria anunciar “sua decisão sobre o Acordo de Paris nos próximos dias”. Com a saída declarada, os EUA se juntam a Síria e Nicarágua como os únicos países a não aderirem ao Acordo de Paris. Existe, ainda, o temor de que a retirada do segundo maior poluidor do planeta — atrás apenas da China — influencie outros países.

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