Policiais assassinaram liderança do MST em hospital do Pará

No  Diário Causa Operária

Foram identificados três suspeitos do assassinato da liderança do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) do Sudeste do Pará, Waldomiro Costa Pereira, dentro do Hospital Geral de Parauapebas no dia 20 de março. Waldomiro estava internado no Hospital após sofrer uma tentativa de assassinato dentro de seu lote no munícipio de Parauapebas.

Dos três suspeitos, dois foram presos pela polícia, sendo que um é o guarda municipal Lionício de Jesus Souza, e outro investigado é um sargento da Polícia Militar cujo nome não foi divulgado.

Nem mesmo a investigação realizada pela própria polícia consegue esconder que o assassinato tem relação com o conflito de terra, e o envolvimento de policiais agindo como pistoleiros do latifúndio.

O aumento da violência contra os trabalhadores sem-terra está intimamente ligado ao golpe, que criou as condições favoráveis para os latifundiários e seus pistoleiros atuarem abertamente e da maneira que acharem necessário. Na maioria desses casos de assassinatos, principalmente nos estados governados pela direita golpista, como o Pará, Rondônia e Mato Grosso, há a participação cada vez maior das forças policiais nesses casos. Seja diretamente na execução das famílias, seja na investigação fajuta realizada.

O golpe está revelando cada vez mais que as forças policiais atuam em defesa dos golpistas e, em especial, em defesa dos latifundiários. Tem que ficar claro o papel da polícia de reprimir e esmagar os trabalhadores e, principalmente a população pobre e negra. Não importando se é na cidade ou no campo. A polícia é treinada para defender a classe dominante e a exploração dos trabalhadores, impedindo com extrema violência qualquer um que queira subverter essa situação.

É preciso denunciar o papel da polícia no golpe e na defesa do latifúndio e da burguesia. Sendo necessário lutar pela extinção das forças de repressão da burguesia e do latifúndio, criando organizações populares e de autodefesa dos trabalhadores da cidade e do campo.

Imagem: Reprodução do Diário Causa Operária.

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