Lula e seus adversários. Por Paulo Nogueira Batista Jr.

No Terapia Política

A situação do governo Lula, difícil desde o primeiro dia, parece ter sofrido alguma deterioração nos meses recentes. Não chega a ser surpreendente. Sempre há uma lua de mel e ela sempre acaba. Mais importante, a herança recebida dos governos anteriores é pesada, são muitas as dificuldades de recuperar a máquina pública e – ponto que quero tratar hoje – são poderosos os adversários políticos do governo.

Cheguei a pensar em intitular o artigo “Governo sitiado”, mas me pareceu pesado e sombrio demais. Aí pensei em amenizar colocando um ponto de interrogação, mas isso também não resolveu. Não cabe espalhar pessimismo e desânimo. Os adversários são poderosos, mas o governo Lula tem seus recursos e pode prevalecer. (mais…)

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Bíblia, “coco da Bahia”, casca dura, mas com água que sacia a sede… Por frei Gilvander Moreira*

Para compreendermos bem, de forma justa e sensata, os textos bíblicos é preciso considerar que a Bíblia não caiu pronta do céu e Deus não a ditou para ninguém escrever. Os escritos bíblicos são frutos de experiências de vida, de caminhada e luta, de uma multidão de pessoas de povos injustiçados que se irmanaram para construir sociabilidade justa e fraterna a partir da fé no Deus da vida, solidário e libertador, Deus que quer vida e liberdade em abundância para todos/as, sem exceção, inclusive para todos os seres vivos da biodiversidade (Cf. Jo 10,10). A Bíblia que lemos hoje passou por inúmeras traduções. Importante recordar que existem muitas dificuldades na Tradução e na Transcrição dos textos bíblicos. (mais…)

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Lula, o Holocausto e a “Ordem baseada em regras”. Por José Luís Fiori

“Um número cada vez maior de países de todo o mundo clama pelo ‘cessar-fogo’, e ninguém consegue parar a fúria destrutiva do governo israelense”, escreve José Luís Fiori, professor emérito da UFRJ e autor, entre outros livros, de O poder global e a nova geopolítica das nações (Boitempo)

IHU

A entrevista do presidente brasileiro concedida na cidade de Adis Abeba, na Etiópia, no dia 18 de fevereiro de 2024, quando comparou o comportamento genocida do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu com Adolf Hitler e o genocídio alemão dos judeus, provocou uma pequena crise diplomática e uma grande reação da imprensa conservadora brasileira. A irritação do governo israelense é compreensível, devido à importância internacional do presidente Lula, porque esta comparação já havia sido feita por outros líderes de menor expressão global. (mais…)

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Saúde digital: “eu prefiro a IA pois ela me entende”

Dispositivos de automonitoramento da saúde multiplicam-se e chegam até a ocupar o lugar dos profissionais. Uma hipótese: a psicanálise pode explicar o que está por trás desse “amor híbrido” – e como ele se baseia em uma ilusão

por Leandro Modolo*, em Outra Saúde

Se você assistiu ao filme Her de Spike Jonze no ano de lançamento, em 2013, provavelmente foi acometido por algum sentimento de estranheza frente à história de amor híbrido que nele é narrada. A trama gira em torno de Theodore (Joaquin Phoenix), um escritor solitário, que desenvolve uma relação afetiva com um sistema operacional (SO) baseado em inteligência artificial (IA) chamado Samantha – na voz de Scarlett Johansson. Theodore está passando por um divórcio e se sente isolado e solitário. Ele decide então adquirir o tal SO da Elements Software, projetado para se adaptar e evoluir com base nos dados e informações do usuário. Na customização da sua IA, Theodore escolhe o nome feminino Samantha e, à medida que interage com ela, desenvolvem uma relação de estreita intimidade. A história então se desenrola com Theodore enfrentando desafios de um novo e diferente relacionamento, descobrindo novas formas de interagir com o mundo, compartilhar momentos de alegria, tristeza e, também, relações eróticas. Ao fim, Theodore se apaixona por Samantha com a qual tem uma breve história de amor. (mais…)

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A importância da análise de conjuntura para ativistas: um saber fazer essencial. Por Cândido Grzybowski

em Sentidos e Rumos

Tenho a sensação que, como cidadanias diversas, estamos atolados, literalmente. Não estou me referindo, no momento, às chuvas torrenciais em boa parte do Brasil, algo alarmante em si mesmo, pelos sofrimentos e estragos para muita gente, sinal evidente de mudanças na integridade do ecossistema climático. Meu olhar aqui, mais imediato, é ao perigo do atoleiro político, à falta de um claro protagonismo da ação política cidadã democrática ecossocial na atual conjuntura nacional. A vitória eleitoral de 2022 foi fundamental, mesmo apertada como foi. Mas as forças inimigas da democracia estão vivas e muito ativas. O 8 de janeiro de 2023, apenas uma semana após a posse foi um susto. Mas o fato essencial é a complexa rede de cumplicidades e financiamentos que foi criada pela extrema direita e que alimenta o ativismo político de seus seguidores. (mais…)

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Momento de perplexidades. Por Cândido Grzybowski

em Sentidos e Rumos

Sinto-me sem visão clara para definir uma direção do que fazer nesta conjuntura. Claro, ação individual é apenas a expressão de uma atitude ética de viver e agir, pois o que conta, em última análise, é o processo coletivo, algo como uma onda que se move e arrasta tudo e todos. No entanto, como ativista e analista, que assume buscar sinais e apontar possibilidades que tenham sentido, nas mais diferentes conjunturas, é se sentir numa espécie de dever de  olhar com lentes afinadas o que se passa no cotidiano, pesquisar, auscultar, mapear ações e reações, examinar céus, rios e mares, florestas, o burburinho cotidiano das cidades, as oscilações dos mercados especulativos, o jogo incansável dos que estão exercendo o poder político, o vai-e-vem da vida,  sempre em busca de brechas sobre o que precisamos fazer,  onde incidir e como avançar. É o que o coletivo – a que a gente pertence de modo afetivo, solidário, e de proximidade territorial e afinidade política – espera de umas e uns, de outras e outros, cada qual fazendo a sua parte indispensável. É a aventura do viver lidando com perplexidades, sem saber o que fazer. (mais…)

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Em Cuba, o Socialismo democrático segue brilhando. Por frei Gilvander Moreira*

Em Havana, capital de Cuba, na Fortaleza de San Carlos de La Cabaña, de 15 a 25 de fevereiro de 2024, aconteceu a 32ª Feira Internacional do Livro de Havana, a maior Feira de Livro do mundo, que é realizada há 32 anos, anualmente. A Fortaleza de San Carlos de La Cabaña foi construída no século XVIII como uma das fortalezas que defendiam a cidade de Havana contra ataques inimigos e saques piratas. La Cabaña foi declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO[1], juntamente com a cidade velha de Havana, em 1982, ano em que foi realizada a primeira Feira Internacional do Livro de Havana. (mais…)

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