Muitos preferem rejeitar acolhimento onde vivem até 400 homens
Por Mateus Parreiras, no Estado de Minas
“Olha, você não quer um vale-transporte para ir para a casa de um familiar? Aqui, você vai estar no meio de gente que usa drogas, gente violenta, falta higiene e ainda pode pegar doenças difíceis de tratar. Temos muitos tuberculosos que não se tratam ou bebem e os remédios não fazem efeito. Podem te passar a doença pela tosse nos quartos onde dormem de 10 a 30 pessoas”. O conselho não foi de um morador de rua nem de um membro de organização que defende os direitos de pessoas nessa condição. Veio da assistência social do maior abrigo da capital mineira, para 400 homens, o Tia Branca, na Floresta, Região Leste de BH, onde ingressei na segunda-feira para presenciar quais os motivos que levam tantos homens e mulheres em situação de rua a rejeitar o acolhimento nessa instituição mantida pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). (mais…)