Impactos da instalação de terminal portuário causa apreensão em reduto caiçara
Na pacata Ilha Diana, último reduto exclusivo de famílias caiçaras, em Santos, o clima é de apreensão. A chegada do vizinho, o terminal portuário da Embraport, a partir de 2010, prometia o desenvolvimento e a geração de empregos àquela região. No entanto, os impactos provocados pelo empreendimento já causam sérios problemas à comunidade de pescadores, que não sabe mais como sobreviver diante da falta de recursos e do descaso.“Antes da Embraport era tanto pescado que a gente tinha até que vender mais barato para não perder. Hoje a gente pega muito pouco. Mais para consumo mesmo. Deram emprego para nós no começo da instalação, na pior fase do terminal. Todo mundo da Ilha que quis foi empregado. No período da obra nós éramos necessários para cercar o empreendimento. Nativos que conheciam o cotidiano da região e carregavam toras de madeira nas costas”, disse o pescador Eduardo Hipólito, de 44 anos. Ele atuou como líder de obras na Odebrecth, empresa que esteve à frente da construção do terminal portuário. (mais…)