Grito dos Excluídos/as debate papel do Estado diante das desigualdades

No MAB

Dia 7 de Setembro. Dia da ‘Independência do Brasil’. Mas de que independência estamos falando? Essa é uma das reflexões propostas pelo Grito dos Excluídos e Excluídas, que há 22 anos leva as demandas populares para as ruas. Em 2016, com o lema “Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata!” e o tema “Vida em primeiro lugar”, o Grito seguirá denunciando as várias formas de desigualdades no país e apontando qual o real papel do Estado diante de tanta exclusão.

A escolha do lema deste ano teve inspiração nas várias referências feitas pelo Papa Francisco durante o Encontro Mundial com os Movimentos Populares, que ocorreu na Bolívia. Na ocasião, Francisco falou da urgência em romper o silêncio e lutar por mudanças reais dentro do sistema capitalista, forma de organização político-econômica que não compreende o sentido do “cuidar da Casa Comum”.

De acordo com a coordenação nacional da articulação, “o Grito precisa continuar acontecendo e manifestando indignação diante de um sistema político e econômico que exclui e descarta a maioria da população da participação e decisão dos rumos do país, independentemente de partidos e governos. O desafio do Grito é estar no meio do povo como espaço de organização e mobilização, como um pequeno grande professor que contribui levando informação e formação e incentivando a participação popular, condição essa para construirmos as mudanças”.

Desta forma, para garantir a formação da base, a coordenação nacional da articulação divulgará nos próximos dias uma série de textos divididos em eixos, os quais consistirão em subsídios informativos guiados pelo lema “Este sistema é insuportável: Exclui, degrada, mata!”. São seis os eixos em que os textos estarão organizados: Unir os generosos e as generosas; Desmentir a mídia; Direitos Básicos e Função do Estado; As várias formas de violência; Participação política; a Rua é o lugar.

Articuladoras e articuladores de várias cidades brasileiras já estão realizando reuniões e pré-Gritos, organizando agendas, definindo trajetos e locais para as atividades e articulando as manifestações que ocorrerão no período da Semana da Pátria, tendo como ponto máximo o dia 7 de Setembro.

O Grito
O Grito dos Excluídos e Excluídas nasceu da necessidade de dar voz ao povo, às minorias e à população historicamente excluída pelo Estado, que opta por uma engrenagem de negociações financeiras que somente obedecem aos interesses dos que já têm: dos ricos, das empresas, dos bancos. Assim, os direitos à saúde, moradia, transporte, trabalho, informação e vida digna ficam comprometidos e aumenta a desigualdade social no país. Sendo assim, o Grito é um processo que não começa e nem termina no dia 7 de Setembro. Ele é um espaço de articulação permanente para que movimentos sociais organizados se manifestem e cobrem direitos já assegurados em nossa Constituição Federal.

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