Ruralistas tentam atropelar governo para beneficiar o agro e a indústria de alimentos na reforma tributária

Projetos apresentados pela bancada ruralista para regulamentar a reforma, em geral, abrem brecha para isentar alimentos nocivos à saúde, como ultraprocessados, contrariando diretriz do governo. E dão mais benefícios ao setor de agrotóxicos e transgênicos

Por Redação RBA

Deputados da bancada ruralista e de outras dominadas pela oposição trabalham para beneficiar o agronegócio e a indústria de alimentos ultraprocessados na regulamentação da reforma tributária, aprovada no final do ano. Esses parlamentares, ligados a 23 frentes parlamentares na Câmara, já apresentaram 13 projetos de lei nesse sentido. O objetivo é protagonizar a discussão sobre o tema e pressionar e fazer o governo recuar. (mais…)

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Comunidades Tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto do Oeste da Bahia denunciam ataques em seus territórios novamente

A escalada de violência contra as comunidades e povos tradicionais no Oeste da Bahia parece não ter fim. Na última quinta-feira, dia 04 de abril, os territórios de uso coletivo das comunidades de Fecho de Pasto de Morrinhos, Entre Morros e Gado Bravo, localizados nos municípios de Jaborandi e Correntina, tiveram seus territórios violados por prepostos de fazendeiros do agronegócio.

Na CPT Bahia

Neste ato violento foram destruídos mais de 120m de cerca, arrancaram cancelas e derrubados os ranchos usados como alojamento pelos fecheiros, deixando-os aterrorizados. Relatam eles que seus gados podem se perder, com grandes prejuízos e riscos para a sobrevivência de suas famílias. E, mais que isso, os animais podem se deslocar em direção à rodovia, com risco de provocar acidentes e outros transtornos. No dia 06 as famílias se reuniram  para recolocar a cancela que havia sido retirada, enquanto recolhem o gado solto na área do fecho. (mais…)

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Direitos só se conquistam com luta coletiva e popular. Por frei Gilvander Moreira

Em uma sociedade capitalista, com idolatria do capital/mercado, os governos estaduais e federal, que giram a roda do Estado burguês, são vassalos desse sistema de morte, com modelo econômico assassino. O máximo que fazem é maquiar danos com mitigações que não compensam nada, pois não alteram a lógica e a estrutura que está nos levando à barbárie e ao Apocalipse da humanidade e de grande parte da biodiversidade, pois mesmo com os crimes brutais das mineradoras, os órgãos ambientais continuam licenciando novos e brutais projetos de mineração e do agronegócio. Em Minas Gerais, em 2023, 474 novas licenças ambientais foram concedidas para mineração em um estado já sacrificado impiedosamente pela voracidade das mineradoras. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) há mais de 30 grandes barragens de mineração com sérios riscos de rompimento, esperando um evento extremo da Emergência Climática, que será o gatilho. Se ocorrerem outros rompimentos de barragens na RMBH, poderá ser a morte final do Rio das Velhas e do Rio São Francisco! (mais…)

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Assim o “agro” hipoteca o futuro do Brasil

Ele sintetiza o projeto capitalista de alienar o ser humano da natureza, sob o discurso de “civilização”. Concentra renda, cria poucos empregos e degrada o campo. Não leva comida à mesa. E concentra subsídios do Estado. Alguns ganham; quase todos perdem…

por Daniel Lemos Jeziorny, em Outras Palavras

Diferentemente das demais espécies terrenas, a espécie humana concretiza o seu metabolismo com a natureza da qual faz parte de forma não imediata, mas intermediada, tanto por objetos técnicos que desenvolve para trabalhar quanto por significações que atribui a sua ação de reordenamento dos fluxos naturais de matéria e energia. O conceito marxiano de metabolismo social é ferramenta de grande utilidade para se analisar essa interação, especialmente por enaltecer que se trata de uma relação estabelecida a partir de determinada forma sócio-histórica de se organizar a força social de trabalho, ou seja, de uma relação humanidade/natureza a partir de um modo de produção específico – atualmente, o capitalismo – e não de uma relação de indivíduos com a natureza. (mais…)

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MPF requisita averbação de matrículas de imóveis que contenham patrimônio arqueológico no Acre

Órgão considera a existência de inúmeros sítios arqueológicos no estado, incluindo geoglifos, e de investigações que apontam a deterioração ou destruição desses patrimônios

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou a 20 Cartórios de Registro de Imóveis do Acre a realização de averbação, na matrícula dos imóveis no estado, da existência de sítios arqueológicos nas respectivas propriedades. A averbação deve ser feita em até 10 dias úteis, a partir do repasse de informações pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e será acompanhada por meio de procedimento administrativo instaurado pelo MPF.

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Estrangeiros controlam no Brasil área equivalente a um Alagoas inteiro

Dados do Incra mostram expressivas propriedades de grupos estrangeiros em estados de agro, garimpo e mineração fortes

Por Caio de Freitas Paes | Edição: Ed Wanderley, em Agência Pública

Dados inéditos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) revelam que pelo menos 2,7 milhões de hectares do solo nacional estão oficialmente registrados em nome de pessoas ou empresas estrangeiras. Ou seja, uma área do Brasil equivalente ao estado de Alagoas inteiro está sob controle de grupos do exterior, segundo o governo federal. (mais…)

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O Agronegócio contra a Água. Por George Monbiot

Modelo agrícola consome 90% da água no planeta e se expandirá 50% até 2050. Rios começam a secar e aquíferos dão sinais de esgotamento. Saída: impedir o abuso das fontes em nome do lucro, e rever a dieta consumista do Ocidente

no Guardian | Tradução: Antonio Martins, em Outras Palavras

Há uma falha no plano. Não pequena: é um buraco do tamanho da Terra em nossos cálculos. Para acompanhar a demanda global por alimentos, a produção agrícola precisa crescer pelo menos 50% até 2050. Em princípio, se nada mais mudar, isso é viável, principalmente graças às melhorias na criação de cultivos e técnicas agrícolas. Mas tudo mais vai mudar. Mesmo que deixemos de lado todos os outros problemas – impactos do calor, degradação do solo, doenças epidêmicas de plantas aceleradas pela perda de diversidade genética – há um que, sozinho, poderá impedir que a população mundial seja alimentada. Água. (mais…)

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