25 de abril: 50 anos da Revolução dos Cravos. Por Valerio Arcary

No 25 de Abril de 1974, ruiu a ditadura mais antiga do continente europeu. A rebelião militar organizada pelo MFA, uma conspiração dirigida pela oficialidade média das Forças Armadas que evoluiu, em poucos meses, de uma articulação corporativa para a insurreição, foi fulminante.

No Blog da Boitempo

“A sombra de uma azinheira, que já não sabia a idade,
Jurei ter por companheira, Grândola, tua vontade“
Zeca Afonso, cantor popular português

Já se disse que as revoluções tardias são as mais radicais. No 25 de Abril de 1974, ruiu a ditadura mais antiga do continente europeu. A rebelião militar organizada pelo MFA, uma conspiração dirigida pela oficialidade média das Forças Armadas que evoluiu, em poucos meses, de uma articulação corporativa para a insurreição, foi fulminante. (mais…)

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Empresa símbolo da ditadura, Embraer sequestrou e internou à força funcionário

Ex-estatal fabricante de aviões é acusada de armar uma greve em 1984 para demitir centenas de trabalhadores

Por Marcelo Oliveira, Agência Pública

“Para um ‘louco’ até que estou bem, mas só eu sei o que eu passei”. Foi dessa forma agridoce que o aposentado Homero Paula da Silva, 63 anos, refletiu sobre sua vida, marcada para sempre por ter sido internado à força, em 1983 e em 1985, pela Embraer, fabricante de aviões, numa clínica psiquiátrica particular de São José dos Campos (SP). (mais…)

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Periferias: o projeto-limpeza da ditadura

Dicionário Marielle Franco sugere: nos 60 anos do golpe, é preciso relembrar violações do regime nas favelas. Militarização do cotidiano e remoções eram políticas da alta cúpula; e não exceções. E ela temia as “subversivas” associações comunitárias

por Lucas Pedretti, em Outras Palavras

Presentes em todos os grandes centros urbanos do país, as favelas e periferias são parte da história do Brasil, bem como a luta constante de seus moradores e moradoras por direitos de cidadania. A estrutura racista e classista do Estado, desde o início da ocupação e da organização política das favelas, tem trabalhado para sua remoção – ou para sua criminalização, seja pelo apagamento ou pela marginalização. Isto ocorre porque estamos falando de um Brasil fundado em uma lógica colonial que ainda não se preocupou em reparar as populações que sobrevivem nesses territórios vulnerabilizados. Pelo contrário, a cada ano, governos municipais, estaduais e federais gastam montantes de recursos públicos para controlar de diversas formas a população favelada e periférica. (mais…)

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Brasil não cumpre decisões da Corte Interamericana sobre polícia e Forças Armadas

Tribunal internacional condenou novamente o país por crimes cometidos por policiais militares

Por Matheus Santino, Rafael Oliveira | Edição: Bruno Fonseca, em Agência Pública

Em 14 de março deste ano, o Brasil foi notificado da sentença de dois casos julgados pela Corte Interamericana de Direitos Humanos (IDH). Em um deles, do início dos anos 2000, um trabalhador rural sem terra foi assassinado e uma centena foi agredida enquanto se dirigia a uma marcha pela reforma agrária em Curitiba (PR). No outro, na mesma época, 12 homens que seriam membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) receberam informações falsas de infiltrados e acabaram assassinados sumariamente em um pedágio em Itu (SP), em uma emboscada. Em comum nos dois casos, estão os atores responsáveis pelas principais violações de direitos humanos no país julgadas pelo tribunal internacional: membros da Polícia Militar (PM). (mais…)

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O que a ciência brasileira perdeu com a repressão durante a ditadura?

Durante duas décadas, cientistas brasileiros viveram entre a repressão e a adesão

Por Sérgio Barbo, Agência Pública

“Se é verdade que não há fronteiras para a ciência, também é exato que há fronteiras para os cientistas.” A declaração, feita em de 24 de abril de 1964, poucos dias após o golpe militar, pelo ministro da Saúde Raymundo de Moura Britto ao jornal Correio da Manhã, disfarçava uma ameaça àqueles cientistas tidos como “subversivos” e demonstrava que medidas autoritárias ditariam as regras para a ciência no regime de exceção. (mais…)

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A democracia brasileira diante das heranças que a ditadura militar deixou. Por Cândido Grzybowski

Em Sentidos e Rumos

Mesmo não recebendo maior atenção do Governo Lula, os 60 anos do Golpe Militar e a implantação da ditadura foram priorizadas por intelectuais e ativistas de esquerda, com muito boas análises sobre aquele momento histórico, inclusive com reavaliações de análises passadas e levantando novas questões. Tive acesso a algumas de tais análises, especialmente aquelas que foram publicadas nos meios digitais alternativos, voltados às temáticas mais democráticas e de esquerda.[i] Mas meu foco é a atualidade e o como a ditadura militar nos afetou profundamente como sociedade, somando-se à muitas mazelas que vem desde a conquista e colonização. (mais…)

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