Não “remoído”, passado de centros de tortura da ditadura militar cai no esquecimento

Após 60 anos do golpe militar, poucos espaços de memória foram institucionalizados e história de violações passa batida

Por Ludmilla Pizarro, Agência Pública

Quem passa pela avenida Tiradentes, 441, na região da Luz, no centro de São Paulo, atravessa um arco de pedra para chegar a uma agência do Banco do Brasil. Nada sinaliza que a estrutura é o que resta do presídio Tiradentes, que, até 1972, encarcerava homens e mulheres opositores à ditadura militar que vigorou no Brasil de 1964 a 1985. Muito menos que uma dessas pessoas é a ex-presidente da República Dilma Rousseff. (mais…)

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Mostra gratuita ‘Documentário e Militância na Ditadura Militar’ estreia em Porto Alegre (RS)

Com curadoria de Duda Ribeiro, exibições acontecem de 25 a 28 de março no cinema da UFRGS

Brasil de Fato

A Sala Redenção, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), recebe a mostra Documentário e Militância na Ditadura Militar entre os dias 25 a 28 de março. Com curadoria de Duda Ribeiro, a programação apresenta 11 documentários sobre diferentes movimentos sociais produzidos na época da ditadura. (mais…)

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60 anos do golpe militar: Estudo aponta 1654 camponeses mortos e desaparecidos na ditadura

Pesquisa inédita do colaborador da UnB e ex-preso político Gilney Viana contabilizou vítimas da ditadura de 1964 a 1988

Por Rubens Valente | Edição: Ed Wanderley, em Agência Pública

Um estudo inédito realizado pelo pesquisador colaborador da Universidade de Brasília (UnB) e ex-preso político Gilney Viana, 78, aponta que 1.654 camponeses foram mortos ou desapareceram do golpe de 1964 até a promulgação da Constituição, em 1988. Viana considera o governo de José Sarney (1985-1989) um “regime de exceção, como [consideram] as leis da justiça de transição, período este que herdou parte da política repressiva da ditadura, com maior gravidade sobre os camponeses”. (mais…)

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Professor acorda com arma na cabeça e fica 4 anos preso

Pioneiro do Instituto de Geociências da Unicamp foi capturado e torturado por agentes da Oban

Por Mariana Garcia, Jornal da Unicamp

Quando me perguntam se fomos brigar com a ditadura e respondo que sim, as pessoas não conseguem entender. Éramos doidos? Não, não éramos. O mundo era outro, as situações eram diferentes. Naquele tempo, o mundo girava em torno da Guerra do Vietnã, e o Exército dos Estados Unidos, tido como o maior do planeta, estava sendo derrotado militar e politicamente. Nós passávamos o domingo lendo notícias e análises da guerra no Estadão. Enquanto isso, na França, o movimento dos estudantes havia forçado o primeiro-ministro a se refugiar na Argélia. Na América Latina, cresciam as guerrilhas contra os regimes ditatoriais – só não havia guerrilha no México e no Chile. Lembrando que em Cuba tinha dado certo.” (mais…)

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60 anos do Golpe de 1964: “A possibilidade de rupturas institucionais ainda paira sobre nós”. Entrevista especial com Adriano de Freixo

Para o professor, maior parte do povo brasileiro vive um estado de exceção permanente e “estamos muito longe de ter uma democracia e uma cidadania plenas”

IHU

Há 60 anos, o Comício da Central do Brasil antecipava a queda de João de Goulart e o Golpe de 1964. Para o historiador Adriano de Freixo, “O Comício da Central do Brasil foi, sem dúvida, um ponto de inflexão para João Goulart. É o momento que marca simbolicamente a sua ‘reconciliação’ com a esquerda do PTB. Com a conspiração já em andamento e de forma explícita e ficando cada vez mais isolado, não havia outro caminho para Jango a não ser deixar de lado as malsucedidas políticas conciliadoras e partir para o tudo ou nada”, explica. (mais…)

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A memória remoída. Por Edson Teles*

Conhecer essas histórias, diferentemente do que foi recentemente declarado pelo presidente Lula, não é remoer o passado. O desconhecimento dos fatos ou o voluntário arquivamento da história tem causado danos à democracia brasileira

No blog da Boitempo

Entre 2019 e 2022 o país viveu um governo que negou fatos e tentou subverter os sentidos da história ao glorificar a ditadura e homenagear torturadores, como o fez com o coronel Ustra (condenado como torturador da família Teles em todas as instâncias da Justiça). Um dos resultados mais impactantes do negacionismo estatizado foi a recente tentativa de golpe de Estado de nossa história: o de 8 de janeiro de 2023. (mais…)

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Casa de Oswaldo Cruz promove evento “Desafios da desinformação e possibilidades para a divulgação científica”

Por COC/Fiocruz

O uso massivo da internet e o intenso compartilhamento de informações via redes sociais digitais desencadearam transformações profundas nas formas de se comunicar, colocando-nos diante de novos e complexos desafios que marcam a era da pós-verdade. Entre eles, destaca-se a circulação desenfreada de desinformação, com graves consequências para a sociedade, em diferentes temas. Para abordar essa questão que atinge fortemente a ciência e a divulgação científica, o evento “Desafios da desinformação e possibilidades para a divulgação científica”, promovido na Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), debaterá o tema sobre distintos aspectos e com pesquisadores de diferentes áreas. (mais…)

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