Twitter é uma incubadora de massacres em escolas

Newsletter do The Intercept Brasil, por João Filho

Nas últimas semanas, escolas no Brasil país foram invadidas por alunos armados dispostos a matar professores e outros alunos. O primeiro ataque mais recente aconteceu em São Paulo, quando um adolescente matou uma professora a facadas e feriu outras cinco pessoas. A partir daí, uma série de outros eventos semelhantes pipocaram pelo país, criando uma onda de pânico entre alunos, pais e professores.

O vale-tudo das redes sociais fez com que elas virassem incubadoras de novos ataques. Textos, fotos e vídeos celebrando os acontecimentos e glorificando seus autores circulam livremente. O adolescente responsável pelo primeiro ataque deste ano, por exemplo, adotou em seu perfil no Twitter o mesmo sobrenome do autor do massacre de Suzano para homenageá-lo. Ataques inspiram novos e o efeito bola de neve se torna inevitável, como vimos nas últimas semanas. (mais…)

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Imprensa é corresponsável pelos ataques em escolas, diz Daniel Cara

Homem de 25 anos invadiu escola infantil e matou quatro crianças em Blumenau (SC) nesta quarta (5). Ataques estão se tornando “endêmicos” no Brasil, afirma dirigente da Campanha Nacional pelo Direito à Educação

por Gil Luiz Mendes e Amauri Gonzo, na Ponte

Na manhã desta quarta-feira (5/4) um homem de 25 anos invadiu uma escola de educação infantil em Blumenau (SC) armado com uma machadinha e matou quatro crianças entre 5 e 7 anos, deixando ainda mais cinco crianças feridas. O ataque aconteceu pouco mais de uma semana da morte da professora Elisabete Tenreiro, esfaqueada dentro da escola estadual Thomazia Montoro, na capital paulista, em uma ação semelhante realizada por um aluno de 13 anos, que deixou mais quatro pessoas feridas, no dia 27 de março. (mais…)

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Big Techs: um pesadelo pior que a velha mídia

No Youtube, o algoritmo já controla 70% das visualizações. O WhatsApp tornou-se uma caixa-preta. Debate público é implodido: vale tudo para obter “engajamento” – até alavancar a ultradireita. Será possível descolonizar as redes sociais?

por Rafael Evangelista, em Outras Palavras

O ressurgimento global de movimentos autoritários que perseguem as minorias parece espelhar a primeira metade do século passado, que foi marcada na carne pela ascensão de diversas modalidades de fascismos, autoritarismos e populismos divisionistas fundados na construção de mitos sobre uma origem comum de certos povos e em teorias conspiratórias sobre inimigos internos e externos. Na época, como agora, ganhava importância o debate sobre o papel das tecnologias no fomento ou no oferecimento de meios para o surgimento desse tipo de fenômeno. (mais…)

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O fim do Projeto Folha. Por Luis Nassif

O modelo Folha era uma mistura talentosa de estilos, conquistando vários públicos. Hoje, duas figuras históricas decretam o fim do jornal

No GGN

Na Folha de hoje, duas figuras históricas decretam o fim do jornal.

Uma delas, Matinas Suzuki, personagem central do chamado Projeto Folha, implantado por Otávio Frias Filho quando assumiu a direção do jornal. O outro, o advogado Luiz Francisco de Carvalho Filho, há décadas advogado criminal do jornal, e um dos melhores amigos de Otavinho. Dias atrás, foi a vez de Marcelo Coelho. Nos três casos, trataram a demissão de Jânio de Freitas como o ponto final de um projeto – que, na verdade, morreu em meados dos anos 2.000, quando OFF (como era tratado), sem os conselhos do pai, sucumbiu à conversa do mais nefasto personagem da mídia brasileira contemporânea, Roberto Civita. (mais…)

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WikiLeaks realiza agendas com lideranças e organizações no Brasil

Na Abraji

Representantes do site WikiLeaks promovem, a partir desta semana, uma série de encontros no Brasil com associações, sindicatos, federações e organizações jornalísticas, além de lideranças sociais e políticas. A iniciativa busca expressar solidariedade ao jornalista Julian Assange, fundador do WikiLeaks, que sofre desde 2010 graves consequências por ter vazado documentos sigilosos sobre ações militares e diplomáticas dos Estados Unidos. Atualmente, ele encontra-se detido no Reino Unido. (mais…)

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Dowbor: Como a mídia constrói a alienação econômica

Para imobilizar a sociedade sobre fatos sentidos na pele, corporações apresentam razões distantes, incontroláveis e sem sujeito. Mas basta seguir a cadeia de causalidades para chegar a quem impõe a rapinagem cotidiana sobre nosso bolso

Por Ladislau Dowbor, em Outras Palavras

Inventaram que economia é coisa para economistas, área em que leigos não devem se intrometer. O que era economia política, ou seja, uma simples dimensão das ciências sociais, virou “ciência econômica”. Mas se tem uma coisa que as pessoas precisam entender é precisamente como funciona a economia, pois é da economia que depende o nosso bolso, a condição da nossa família, o emprego, a aposentadoria, a qualidade da escola e da saúde: trata-se de uma dimensão essencial da nossa vida. E todos podem entender. É só pegar as consequências, sentidas na pele, e subir pela cadeia de causalidade.

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