Palestina e as condições objetivas para produção da fúria. Por Berenice Bento

O drama do povo palestino não começou há uma semana. São 75 anos de perambulação

No A Terra é Redonda

A imprensa repete: “Nada justifica matar civis!” para se referir aos ataques do Hamas nos últimos dias. Eu concordo. Mas por que Israel nunca foi condenado e exposto a um massacre midiático por seus crimes contra os civis palestinos? A cobertura sionista tem uma estrutura que se repete: corte cirúrgico para os fatos dos últimos dias. Negam-se a fazer qualquer reflexão, qualquer enquadramento mais amplo. O objetivo é claro: isolar os atos de um contexto anterior que o determina. E ao fazê-lo, o caminho está aberto para a patologização e a criminalização dos palestinos. Ou seja, mediante a absolutização do caso, se preserva a estrutura política, no caso, o colonialismo israelense. (mais…)

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Notas sobre Gaza e a necropolítica. Por Sérgio Amadeu da Silveira

O que o Estado de Israel pratica na Palestina é uma necropolítica ou a produção do extermínio de um povo

No A Terra é Redonda

Achille Mbembe escreveu um pequeno ensaio denominado “Necropolítica”, publicado em 2003. Nele, o filósofo camaronês declarou-se preocupado com “aquelas formas de soberania cujo projeto central não é a luta pela autonomia, mas a instrumentalização generalizada da existência humana e a destruição material de corpos humanos e populações”. Mbembe expande a noção foucaultiana de biopolítica para incluir formas de violência que são explicitamente orientadas para a morte. Para Mbembe, a necropolítica é praticada em vários contextos, desde as relações coloniais até práticas contemporâneas em zonas de guerra e áreas de conflito. (mais…)

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Austrália rejeita proposta para reconhecer o povo aborígene na constituição

A voz do referendo proposto pelo parlamento, mostra uma derrota que os defensores indígenas verão como um golpe para o progresso em direção à reconciliação

Por Elias Visontay, do The Guardian, no Nosso Futuro Roubado (NFR)*

Os australianos rejeitaram veementemente uma proposta para reconhecer o povo aborígene na constituição do país e estabelecer um órgão para aconselhar o parlamento sobre questões indígenas (NFR: aqui podemos ver o quanto é importante a história das relações dos eurodescendentes com os nossos povos originários. Por essa informação se vê como na Austrália o supremacismo branco eurocêntrico-britânico é cruel e arrogante. Nunca esqueçamos a figura de Cândido Rondon para que hoje tenhamos até um Ministério dos Povos Indígenas e uma Fundação/FUNAI que apoia os nossos ancestrais originários). (mais…)

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