Decreto de Bolsonaro pode deixar lei de proteção de dados na mão dos militares, diz especialista

Em entrevista, o advogado Danilo Doneda fala sobre a importância da Lei Geral de Proteção de Dados e como ela está sendo implementada no governo Bolsonaro

Por Laura Scofield, Agência Pública

No último dia 26, o Senado contrariou o governo ao estabelecer que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) passou a  valer em agosto de 2020 — a Presidência havia proposto que fosse adiada para maio de 2021. 

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Empresas lançam serviço de reconhecimento facial para igrejas no Brasil

Tecnologia permite identificar assiduidade e até emoção dos fiéis durante cultos sem consentimento expresso

Por Ethel Rudnitzki, na Pública

Entre os dias 17 e 20 de outubro de 2019, o Centro de Exposições Anhembi, na zona norte de São Paulo, sediou a 15ª ExpoCristã – maior evento voltado para o público cristão da América Latina. Entre shows de música gospel, simulações virtuais de episódios bíblicos e estandes de editoras evangélicas, duas empresas se destacaram com produtos na área de tecnologia.

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Aqui estão todas as suas informações que o governo vai reunir numa megabase de vigilância

Por Tatiana Dias, The Intercept Brasil

A LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS, principal lei sobre privacidade no Brasil, demorou oito anos para ser sancionada. Antes de ser assinada por Michel Temer em 2018, ela passou por consultas públicas, debates com a sociedade civil e uma longa tramitação no Congresso, em um processo que atravessou três governos. Já os decretos 10.046 e 10.047, que podem ter um impacto catastrófico na nossa privacidade, foram aprovados do dia para a noite. Sem consulta e sem debate, Jair Bolsonaro deu a canetada que criou, de forma arbitrária, uma megabase de dados com praticamente todas as informações sobre você, disponíveis livremente para o governo.

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Por que você deveria usar uma máscara no carnaval neste ano

Por Murilo RoncolatoTatiana Dias, no The Intercept Brasil

Escolha José Loreto no surubão de Noronha. Bolsonaro de óculos hipster. Ou Sergio Moro. O Salvador Dali da “Casa de Papel”. Uma inocente máscara de gatinho. Só não pule o carnaval do Rio de Janeiro de cara limpa.

Neste ano, a Polícia Militar carioca decidiu fazer um experimento com você: ela vai salvar o seu rosto e armazená-lo como parte de um banco de dados cujo destino e uso são um mistério. Tudo, claro, está sendo feito em nome de um objetivo nobre: a segurança pública. As câmeras de reconhecimento facial vão permitir, no futuro, a prisão de foragidos infiltrados em grandes aglomerações de pessoas, como o carnaval, por exemplo. Ótimo.

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Suas senhas também foram devassadas?

Maior vazamento de dados pessoais da história apenas começou – e confirma ausência de privacidade na rede. Como conferir se você caiu nessa e quais dados ficaram disponíveis

Por Marianna Braghini | Contribuição: Raul Hacker Club, em Outras Palavras

Esta semana o especialista em cibersegurança, Troy Hunt, revelou em seu blog a existência do maior vazamento de senhas de que se tem conhecimento em toda história. Uma coleção de arquivos com mais de 770 milhões de endereços de e-mail e senhas – de múltiplos sites e plataformas — foi postado em um fórum online. O nome do arquivo dá a entender que foi só o primeiro: Collection #1, foi o título escolhido pelo responsável pelo vazamento das informações. O arquivo foi disponibilizado por uma plataforma conhecida de downloads: o Mega (antigo megaupload).

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Viagem didática ao mundo da vigilância

Eles sabem, de sua vida, muito mais do que você. Onde esteve, há seis meses? A quem escreveu — e o quê? Como reagiu (ou não) diante de uma imagem provocadora? Ainda assim, você continua a alimentá-los

Por Víctor Sampedro, na OtherNews | Tradução: Marianna Braghini e Felipe Calabrez, em Outras Palavras

Antes que Orwell escrevesse seu clássico 1984, Aldous Huxley publicou Admirável Mundo Novo, imaginando profeticamente o mundo do capitalismo digital. O livro retrata nossa visão da tecnologia, porque estamos entupidos de soma, a droga legal que Huxley imaginou, e que convertia em paraíso o inferno. No nosso mundo, estamos viciados em tecnologia e em consumo. Ou em consumo de tecnologia, que incita a consumir mais. As corporações digitais apresentam-se como solução a qualquer tipo de necessidade. Incluídas as existenciais, como o amor e a amizade.A indústria tecnológica sustenta que nos monitora para nos dar um “melhor serviço”. Isso só é possível se acreditarmos que as corporações e a sociedade possuem interesses idênticos. E que a publicidade é igualmente confiável e crível como a informação. Duas afirmações que, quando relidas (ou já à primeira leitura), resultam mentiras evidentes.

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Saúde: Quando o prontuário é um livro aberto

Coleta e venda de dados de saúde é negócio multibilionário e de contornos opacos. Tramita no Congresso um projeto de que lei pode ajudar a garantir privacidade

Por Raquel Torres, do Outra Saúde

O mundo todo repercutiu a notícia quando, em março deste ano, soubemos que informações de dezenas de milhões de perfis do Facebook tinham vazado e ficado à disposição da empresa de análise de dados Cambridge Analytica. O escândalo foi ainda maior porque os dados, em sua maioria coletados sem consentimento por meio de um teste de personalidade, serviram para direcionar propagandas políticas e tiveram papel relevante tanto na campanha eleitoral de Donald Trump, nos Estados Unidos, como na votação do Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia. Aqui no Brasil, 443 mil perfis foram afetados. (mais…)

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