Instituto Vladimir Herzog: O golpe militar que assolou o país por mais de duas décadas ainda não foi superado

No IVH

Desde a redemocratização do Brasil, em 1988, nosso país enfrenta sérias dificuldades para articular dispositivos que possam, de maneira efetiva, garantir a justiça e a reparação para todas as pessoas que perderam suas vidas lutando pela democracia e pela liberdade durante o regime militar (1964-1985).

A busca por memória, verdade e justiça é uma tarefa de todas e todos nós. Essa luta nunca teve o objetivo de apenas rever o passado. Ela foi e sempre será pela construção do presente. O Estado brasileiro deve conceber, implementar e aprimorar políticas públicas capazes de consolidar e ampliar nossa democracia; o que significa obrigatoriamente a superação da cultura de violência e impunidade ainda tão presentes em nosso cotidiano. (mais…)

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O que fazer quando o jornalismo age como força auxiliar do fascismo?

Por Tania Pacheco

O presidente da República anunciou ontem, 12/04, a construção de mais 100 Institutos Federais (IFs) no País. Discursou na ocasião dando mais detalhes sobre o programa e defendendo a importância da educação, principalmente para as mulheres. Em determinado ponto, afirmou:

“E o mais importante: quando a mulher tem uma profissão, que ela tem um salário e ela pode custear a vida dela, ela não vai viver com nenhum homem que não goste dela. Ela não vai viver por necessidade, ela não vai viver por dependência. Ela vai viver a vida dela e vai morar com alguém se ela gostar desse alguém. Ela vai ter a opção dela, ela vai escolher, ela vai fazer, não vai ficar dependente. ‘Ah, eu preciso? Eu preciso do meu pai me dar cinco reais pra comprar um batom. Eu preciso do meu pai me dar dez reais pra comprar uma calcinha. Eu preciso de me dar não sei das quantas pra comprar tal coisa.’ Não! Quando a gente precisa, a gente perde a independência da gente. O que é importante é que vocês estudem, tenham uma profissão e andem de cabeça erguida na rua porque mulher não é inferior a nenhum homem e, muitas vezes, é mais competente, é mais inteligente e tem muito mais coragem que o homem. (mais…)

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No comício da Central do Brasil, Jango desceu do muro em favor dos mais pobres e libertou o fantasma golpista de 1964. Entrevista especial com Juremir Machado da Silva

Para o professor e pesquisador Juremir Machado da Silva, não nos livramos dos espectros do Golpe Civil-Militar que nos ronda sob roupagens como o bolsonarismo, que apostou na quase bem-sucedida ruptura institucional após as eleições de 2022

Por: IHU e Baleia Comunicação

Há sessenta anos o Brasil vivia dias turbulentos. A sombra da ditadura militar já podia ser avistada. No dia 13 de março de 1964, em um comício histórico na Central do Brasil, no Rio de Janeiro, João Goulart, o Jango, fez a aposta mais arriscada de sua carreira e defendeu as Reformas de Base. “No comício da Central do Brasil, Jango deu o passo que faltava para um governo progressista: abraçou as reformas de base, entre as quais a reforma agrária. Ali ele se comprometeu com os mais pobres e foi condenado pelos mais ricos”, explica Juremir Machado da Silva em entrevista por e-mail ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU. “Jango equilibrou-se no fio da navalha durante meses, até que escolheu dar o grande salto”. (mais…)

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Ao comandante supremo das Forças Armadas

Problemas da caserna não se resumem ao golpismo. Mas a reforma necessária não virá dos generais. Cabe a Lula enfrentar a ideia do “inimigo externo”, garantir subordinação ao poder civil e iniciar investimentos tecnológicos modernizadores

por Manuel Domingos Neto, Adriana Marques, Piero Leirner, Suzeley Kalil Mathias e Ana Penido Oliveira, em Outras Palavras

Senhor Comandante, agravam-se as tensões guerreiras e o Estado brasileiro está despreparado para sustentar seus interesses. (mais…)

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O Exército participou institucionalmente da tentativa de golpe. Por Jeferson Miola

Não podemos aceitar o pedido de anistia lançado por Bolsonaro na Paulista. As investigações da PF revelam que, além de se recusarem a aceitar o resultado das urnas, a cúpula do governo e das Forças Armadas articularam as ações terroristas que incendiaram o país após a eleição – visando justificar as medidas de exceção concebidas na minuta de golpe

Na Jacobin

As provas coletadas nas investigações da Polícia Federal fornecem informações importantes para a reconstituição do plano golpista. E confirmam o envolvimento institucional das Forças Armadas com o golpe. (mais…)

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A ameaça da extrema direita nas eleições de 2024

Bolsonaro deu o sinal na manifestação: Câmaras de Vereadores serão o alvo da sua base neste ano. Apoio de igrejas neopentecostais, capilarizadas em todo o país, pode ser determinante. Esquerda precisa sair da defensiva e oferecer novos horizontes

por Glauco Faria, em Outras Palavras

“[Em] 2024 temos agora eleições municipais. Vamos caprichar no voto, em especial, para vereadores.” A fala de Jair Bolsonaro mostra aquela que deve ser uma das prioridades da extrema direita e do campo conservador no próximo pleito. Onde não for possível disputar com chances a prefeitura, eleger o máximo possível de candidatos à Câmara Municipal. (mais…)

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Para não cair na cilada de Bolsonaro

No ato da Paulista, presidente esforçou-se para converter um crime comum, que provavelmente o condenará, num tema da agenda política. Seria triste se a esquerda mordesse a isca – quando precisa, em vez disso, dar respostas aos dramas da maioria

por Maurício Abdalla, em Outras Palavras

Surpreende-me o número de pessoas de esquerda assustadas e perplexas com o ato bolsonarista de 25 de fevereiro na Paulista. Pois me parece susto de quem cochilava e foi surpreendido com algo corriqueiro, que não causaria sequer um sobressalto em que estivesse acordado. Desde as últimas eleições, venho insistindo que Bolsonaro foi derrotado por Lula no Executivo Federal, mas que a extrema-direita ganhou as eleições nos parlamentos nacional e estaduais e em vários governos estaduais. Ou seja, Lula ganhou a presidência da República, mas a extrema-direita foi a grande vitoriosa nas eleições gerais. Bastava olhar os números. (mais…)

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