A Amazônia que conta. Por Lúcio Flávio Pinto

Na Amazônia Real

A 11ª abertura nacional da colheita de soja do Brasil foi realizada pela primeira vez no Pará, na semana passada. A escolha do Estado, que é apenas o 13º do país na produção desse grão, com 1,5% do total, parece ter tido a intenção de aproveitar a ocasião para destacar o acontecimento.
É esperada, na safra 2022/23, uma produção de 153,5 milhões de toneladas, 30 milhões de toneladas a mais do que na safra anterior, 20% superior aos 123,8 milhões de 2022 – e a maior do mundo. A área plantada é de 43,4 milhões de hectares. O território da soja, se formasse um Estado, seria o 6º maior do Brasil, atrás da Bahia. (mais…)

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O que produzem as áreas de monocultivo de eucalipto?

Para denunciar a destruição ambiental e outros perigos da monocultura de eucalipto, o MST ocupou três áreas da empresa Suzano Papel e Celulose na Bahia, na última segunda (27/02)

Por Coletivo de Comunicação do MST na Bahia

Quem percorre as regiões que sofrem com as monoculturas de eucalipto não imagina o perigo que se abriga no silêncio dos desertos verdes, com a destruição da natureza e das comunidades que ali vivem. A produção do monocultivo de eucalipto gera lucro somente para o capital e não retorna para a região. (mais…)

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A soja que asfixia, destrói terras e adoece corpos no Baixo Tapajós. Entrevista especial com Fábio Zuker

Em pesquisa de doutoramento, antropólogo analisa como a monocultura e toda sua cadeia nefasta dizima a vida na floresta e nega a ancestralidade dos povos

Por: João Vitor Santos, em IHU

“Se eu vendo minha casa, meu terreno, estou vendendo junto o meu corpo e os meus filhos”. A afirmação é da pajé e professora Eluídes, indígena da região do Baixo Tapajós, e é ilustrativa para compreendermos como terra, mata, animais e seres humanos são um só na cosmovisão ameríndia. Ela é um dos muitos personagens que o antropólogo Fábio Zuker conheceu ao longo de sua pesquisa de doutorado no Pará. Essas pessoas o fizeram compreender que “o mundo pelo qual lutam os Tupinambá é um mundo que permite a multiplicação das formas de vida”. (mais…)

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Conselho de APA em Araçuaí (MG) aprova pesquisa para exploração de lítio, apesar dos grandes impactos para a Chapada do Lagoão

Mineradora Sigma, responsável pela pesquisa, tem outorga para usar 3,8 milhões de litros de água por dia, o que daria para abastecer 34 mil famílias, em uma região que já sofre com escassez do recurso, devido às monoculturas de eucalipto

por Coletivo de Comunicação MAB MG

Aconteceu ontem, 01, uma reunião do Conselho da Área de Proteção Ambiental (APA) da Chapada do Lagoão sobre a aprovação da pesquisa para a exploração de lítio na região por parte da empresa Sigma. Assim como qualquer outra atividade de mineração, os processos de extração, refino e descarte do lítio também agridem o meio ambiente, inevitavelmente causam degradação do solo, perda de biodiversidade, contaminam a água e o ar. O resultado da votação foi de 9 x 5 a favor da pesquisa na área. (mais…)

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‘Plantações de eucalipto podem amplificar problemas das mudanças climáticas’

Estudo da USP aponta elevado consumo de água dos monocultivos. No ES, eles crescem quatro vezes mais que a floresta

Por Fernanda Couzemenco, Século Diário

“As plantações florestais de rápido crescimento podem consumir quase o mesmo volume de água que a chuva traz para algumas bacias nas fases de pico de crescimento. Portanto, se as plantações de eucalipto não forem bem planejadas, alguns dos problemas mais importantes apresentados pelas mudanças climáticas, que são as secas, poderão ser amplificados”. (mais…)

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Monocultivos – plantações de árvores que ameaçam as florestas e seus povos

Quilombolas se unem a outros povos da floresta em encontro nacional da Rede Alerta Contra o Deserto Verde

Por Fernanda Couzemenco, Século Diário

Apesar das principais definições de floresta em uso hoje no mundo desconsiderarem critérios como biodiversidade e aplicação intensiva de agrotóxicos, povos tradicionais como quilombolas e indígenas sabem bem a diferença entre uma floresta nativa e um monocultivo de árvores. (mais…)

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ES: Suzano tem água garantida na fábrica e impõe riscos e limitações a pescadores

Barcos entram com dificuldade na foz do rio Riacho. Empresa desvia milhões de litros de água para sua fábrica

Por Fernanda Couzemenco, Século Diário

A acentuada estiagem deste inverno de 2022 tem mostrado de forma mais explícita a forma como a Suzano Papel e Celulose (ex-Fibria e ex-Aracruz Celulose) se apropria da água no norte do Espírito Santo e impõe dificuldades e limitações a comunidades tradicionais e socialmente vulneráveis. (mais…)

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