A disputa crucial pelos sentidos do trabalho

Neoliberalismo incorporou ética conservadora: labor é um dever, a ser cumprido nas condições que o mercado fixar. Contra ela emergiu a ideia do trabalho significativo, socialmente necessário e digno. História de um conflito inacabado

Por Elisabeth Anderson, no Dissent Magazine | Tradução: Maurício Ayer, em Outras Palavras

Em março de 2020, a maioria dos governadores dos Estados Unidos emitiu ordens de permanência em casa para todos, exceto os “trabalhadores essenciais” – pessoas envolvidas na prestação de serviços necessários para apoiar as necessidades humanas básicas. O público saudou os trabalhadores essenciais como heróis e apelou para que recebessem subsídios de periculosidade. Muitos empregadores aceitaram esta exigência. No entanto, pouco depois, o tratamento severo dos trabalhadores essenciais tornou-se a ordem do dia. Os empregadores acabaram com o adicional de periculosidade. Hospitais demitiram profissionais de saúde por reclamarem da falta de equipamentos de proteção individual. Os proprietários de matadouros aceleraram as linhas de desmontagem, forçaram os trabalhadores a aglomerarem-se e aumentaram a propagação da COVID-19. (mais…)

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Notas sobre a vitória de Javier Milei. Por Valerio Arcary

O “tango” apocalíptico de Javier Milei é uma versão argentina do que foi o bolsonarismo no Brasil, e os perigos são os mesmos

Em A Terra é Redonda

“A mal desesperado, remédio heroico \ A cisma é pior que uma doença”
(Provérbios populares portugueses).

1.

O crescimento da ultradireita não é um fenômeno nacional, é mundial. Têm peculiaridades em cada país, mas a ascensão do neofascismo é global. O “tango” apocalíptico de Javier Milei é uma versão argentina do que foi o bolsonarismo no Brasil, e os perigos são os mesmos. (mais…)

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Taxar grandes fortunas pode ser uma medida antirracista. Por Ynae Lopes dos Santos

Não há país menos desigual sem redistribuição de renda. Não há aplicação de políticas públicas antirracistas efetivas que não pressuponha redistribuição de renda, afirma a colunista.

Na DW

Nesse mês de outubro, comemoramos o 35º aniversário da nossa Constituição que segue em vigor. Promulgada em 1988, a nova Constituição foi festejada de maneira ansiosa por uma parcela expressiva da população brasileira, pois marcava o fim de mais de duas décadas de ditadura militar no Brasil – período no qual uma série de direitos foram sistematicamente violados, e a democracia ficou suspensa. (mais…)

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A Medicina de Família dá seu recado ao Brasil

Em congresso realizado em Fortaleza na semana passada, médicos e sanitaristas debateram a necessidade de fortalecer essa especialidade. Um alerta: a saúde privada busca apropriar-se dela, sem oferecer vínculo e cuidado reais

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

Terminou neste sábado, 23/9, o 17º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina de Família (SBMFC) e Comunidade. Realizado em Fortaleza, no Centro de Convenções da cidade, o evento reuniu milhares de inscritos e recebeu mais de mil trabalhos de pesquisa. Iniciado no dia 20/9, também realizou diversas atividades com temáticas como racismo no SUS, aborto, saúde digital e determinantes sociais do acesso à saúde. (mais…)

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A Saúde volta à mira da “racionalidade neoliberal”

Chega ao Senado projeto que distorce o cálculo do mínimo constitucional para investimentos em Saúde – e pode retirar 18 bilhões do SUS. Francisco Funcia analisa o cenário e adverte: movimentos de saúde precisam ser escutados

Francisco Funcia em entrevista a Gabriel Brito, em Outra Saúde

Chamou atenção a apresentação do Projeto de Lei Complementar 136/2023 do deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). Sob a motivação de compensar estados e municípios pelas perdas de arrecadação de ICMS impostas pela política eleitoreira de Bolsonaro, em 2022, o projeto pode limitar o aumento do orçamento da saúde para 2024, conforme prenunciam os resultados fiscais do atual exercício financeiro. (mais…)

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Por que impedir a aloprada privatização da Sabesp

Maior empresa de saneamento do país pode ser vendida na bacia das almas, pelo modelo criado para Eletrobras. Companhia já pode universalizar saneamento, mas dirigentes indicados pelo governador empenham-se em depredá-la

por Amauri Pollachi, em Outras Palavras

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, tem o condão de produzir repercussões negativas de seus atos. Nesta semana, não foi diferente: na chacina do Guarujá, na eliminação de livros didáticos e no festivo anúncio da privatização da água por meio de venda da Sabesp, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. (mais…)

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