Ex-quebradeira de coco, primeira governadora do PI assume com titulação de território

A vice Maria Regina Sousa (PT) tomou posse em 31 de março, no lugar de Wellington Dias, ao mesmo tempo em que a comunidade de Vila Esperança recebeu título definitivo de propriedade coletiva; Lei do Babaçu Livre permanece em pauta

Por Nanci Pittelkow, em De Olho nos Ruralistas

Depois de trinta anos de conflitos por terra, o território tradicional Vila Esperança recebeu o primeiro título coletivo para quebradeiras de coco babaçu no Brasil. A titulação aconteceu no mesmo dia em que a vice-governadora Maria Regina Sousa (PT) assumiu o governo do Piauí no lugar de Wellington Dias (PT), que renunciou para concorrer ao Senado nas eleições de outubro. Ex-quebradeira de coco, ela desperta expectativas entre as mulheres da comunidade.

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Dia Estadual das Quebradeiras de Coco-Babaçu: o dia 24 de setembro como elemento de construção da identidade no Estado Democrático de Direito

Joaquim Shiraishi Neto[1]

Em 24 de setembro, foi comemorado aqui no Maranhão e em outros estados (Piauí[2], Tocantins[3] e Pará) o Dia Estadual das Quebradeiras de Coco-Babaçu. Diferentemente de anos passados, quando o Movimento das Quebradeiras (MIQCB) promovia atividades políticas e culturais para discutir os seus desafios, neste ano, em função do novo coronavírus, que se espalha pelos interiores, foi organizada uma live[4] intitulada “O protagonismo feminino e as políticas de resistência das quebradeiras de coco-babaçu”, envolvendo a participação de lideranças regionais: dona Maria Alaídes (São Luís), dona Maria de Fátima (Mearim), dona Maria Antônia (Baixada) e dona Eunice (Imperatriz), do Maranhão; dona Emília (Bico do Papagaio), do Tocantins; dona Helena (Esperantina), do Piauí; dona Cledeneuza (São Domingos), do Pará.

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Do padre Júlio Lancellotti para uma quebradeira de coco: “Olho para você e acredito”

Em live sobre pandemia e fome, ele apontou “estrutura de perversidade” do governo Bolsonaro e se emocionou com Rosalva Gomes, quebradeira de babaçu no Maranhão: “Olhar para você, uma mulher negra, trabalhadora, é olhar para a imagem de Deus”

Por Mariana Franco Ramos, em De Olho nos Ruralistas

O padre Júlio Lancellotti, da Arquidiocese de São Paulo, fez um alerta para o aumento da fome e da vulnerabilidade das pessoas em situação de rua durante a pandemia de Covid-19. Em live organizada pela Oxfam Brasil na noite de quinta-feira (06), ele disse que muitas mães não têm nem gás para cozinhar. O religioso também criticou a “estrutura de perversidade” do governo Jair Bolsonaro.

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Nova geração das quebradeiras de coco se dedica ao artesanato e à gastronomia

Avós e mães lutaram para ter a profissão reconhecida; agora, jovens continuam na defesa pela preservação e livre acesso aos babaçuais e aumentam a renda com derivados da palmeira; gigante da celulose é empecilho à nova estratégia

Por Priscilla Arroyo, em De Olho nos Ruralistas

Elas buscam os cachos de coco na mata, levam para a casa, quebram, tiram as amêndoas, lavam e secam. Depois torram. A mistura é moída e levada ao fogo para apurar. Separa-se a borra e o sumo volta para a panela, onde é decantado e coado. Está pronto o azeite de babaçu,  principal produto proveniente da extração dessa espécie de palmeira. Centenas de mulheres sustentaram — e sustentam — suas famílias com a venda da iguaria desde as primeiras décadas do século passado.

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Maria do Socorro, quebradeira de coco: “Quando a palmeira é derrubada, é como se morresse uma mãe de família”

Em entrevista ao De Olho nos Ruralistas, a presidente da Rede Cerrado fala sobre sua relação com o babaçu, sobre a perda de companheiras do movimento e sua luta em defesa dos territórios tradicionais: “Nossa luta é forte e a resistência, uma teimosia”

Por Priscilla Arroyo, no De Olho nos Ruralistas

– O babaçu é uma vida feminina. Com 15 anos, muitas palmeiras já têm os cachos cheios de coco. Seus filhos demoram nove meses para se desenvolver e então caem. É o parto da palmeira. São semelhanças como essa que nos aproximam tanto dessas árvores. Se a gente geme, a palmeira geme, se a gente canta, a palmeira canta, se a gente tem bom cheiro, a palmeira é cheirosa. Quando ela é derrubada, é como se uma mãe de família morresse. Ali não vai ter mais aquele leite, aquele carinho. Não vai ter mais nada.

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Povos tradicionais e extrativistas traçam estratégias de resistência em defesa do Cerrado

Em sua 9ª edição, o Encontro e Feira dos Povos do Cerrado reuniu indígenas, quilombolas, quebradeiras de coco e geraizeiros para discutir o fortalecimento do extrativismo sustentável e defesa dos territórios contra a expansão do agronegócio

Por Bruno Stankevicius Bassi, de Brasília, em De Olho nos Ruralistas

“É o Cerrado que nos une, é o Cerrado que nos trouxe aqui”. Assim resumiu Maria do Socorro Teixeira Lima, coordenadora geral da Rede Cerrado e integrante do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), o propósito do IX Encontro e Feira dos Povos do Cerrado.

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Dona Dijé: A mulher que lutou por direitos quilombolas no Maranhão

Maria de Jesus Ferreira Bringelo, mulher, negra, quilombola, quebradeira de coco babaçu, ensinava que ódio e violência se enfrentam com serenidade e altivez

Por Avanildo Duque*, em HuffPost Brasil

O Brasil precisa conhecer a história de Dona Dijé. Em um tempo sombrio no qual se homenageiam torturadores, se matam negros e negras, se odeiam pobres, se humilham mulheres e se oprime a diversidade sexual, viveu Maria de Jesus Ferreira Bringelo, nome de batismo de Dona Dijé. Mulher, negra, quilombola, quebradeira de coco babaçu, ela transmitia, na voz firme, de timbre aveludado, o ensinamento de que todos nós, brasileiros, mais precisamos agora: ódio e violência se enfrentam com serenidade e altivez. E vencem-se. (mais…)

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