MPF/SP quer que Rede Record veicule retratação sobre comentários feitos durante o programa Cidade Alerta

Apresentador Marcelo Rezende fez comentários que pressupunham a culpa de dois suspeitos e sugeria que policiais atirassem neles; emissora transmitiu a perseguição ao vivo

MPF SP

O Ministério Público Federal em São Paulo ajuizou ação civil pública contra a Rede Record e a União, devido à incitação à violência durante exibição ao vivo de uma perseguição policial. Na ação, o MPF pede que a emissora transmita uma retratação e que a União fiscalize o conteúdo veiculado pelo programa Cidade Alerta. (mais…)

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O desabafo de uma indígena: “Eu não quero ser como vocês”

Silvia Nobre Waiãpi reage ao assassinato do bebê Vitor Kaingang com discurso emocionado; atriz, fisioterapeuta, tenente do Exército, ela cobra governo e sociedade

Por Alceu Luís Castilho, Outras Palavras

Qual o lugar de Vítor Kaingang? Ele foi assassinado aos 2 anos no dia 30 de dezembro, na rodoviária de Imbituba (SC). Qual o lugar dos indígenas em nossa sociedade? O desabafo emocionado da tenente (atriz, fisioterapeuta) Sílvia Nobre Waiãpi sobre a morte de Vítor traz embutida essa reflexão – ou a denúncia de que nós, brancos, não oferecemos nenhum lugar aos povos indígenas. Na cidade, não pode. E, no campo, as terras são tomadas. Por exemplo, pelo agronegócio. (mais…)

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UFG: II Colóquio Nacional Espaço e Diferença – de 30/03 a 2/04

O colóquio é uma iniciativa do Laboratório de Estudos de Gênero, Étnico-Raciais e Espacialidades do Instituto de Estudos Sócio-Ambientais da Universidade Federal de Goiás (LaGENTE/IESA/UFG), fundado em 2008, e conta com a participação pesquisadorxs vinculadxs a grupos que trabalham com a dimensão espacial das relações etnicorraciais, de gênero e sexualidade e do ensino de África.

O evento retoma discussões realizadas na primeira edição (em 2013), e pretende ampliar e consolidar a reflexão acerca dos conflitos e possibilidades espaciais que marcam a trajetória e a territorialidade de indivíduos e grupos pertencimentos étnicos, raciais, sexuais e de gênero. (mais…)

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Sistema de esgoto não chega a 70% da população do Semiárido

Edwirges Nogueira – Repórter da Agência Brasil

Das 14 milhões de pessoas que moram nas áreas urbanas dos 1.135 municípios do Semiárido brasileiro, cerca de 10 milhões (71%) não são beneficiadas com coleta de esgoto sanitário, destinando os dejetos gerados em fossas, sumidouros, valas abertas ou diretamente nos rios. A estimativa consta da publicação “Esgotamento Sanitário: Panorama para o Semiárido brasileiro”, lançada pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa).

Desse total, apenas 243 cidades (21%) usam a coleta. O Semiárido cearense apresenta o maior número de sedes municipais atendidas por sistema de esgoto: são 68 de 150 (45%). Já o Piauí tem o menor número de áreas urbanas beneficiadas: apenas 5 municípios de 128 (4%). (mais…)

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Aldeias de MT devem ser visitadas para registro de nascimento de índios

Projeto tem como foco visita em nove aldeias indígenas de Mato Grosso. Segundo o IBGE, um terço das crianças não tinha registro de nascimento.

Do G1 MT

Aldeias indígenas localizadas em nove municípios mato-grossenses devem ser visitados por técnicos da Secretaria Nacional de Direitos Humanos e Secretaria Estadual de Trabalho e Assistência Social (Setas) para o registro civil dos indígenas que ainda não têm certidão de nascimento.

No país, pelo menos um terço das crianças indígenas de até 10 anos, não possuíam nenhum registro de nascimento, segundo o Censo Demográfico realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010. (mais…)

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De Mariana a Abrolhos, a pedagogia da lama em dez lições

Por Nurit Bensusan, no ISA

Desde o dia 5 de novembro do ano passado, temos uma inusitada professora a nos dar lições sobre como o meio ambiente é tratado no Brasil: trata-se da lama despejada no Rio Doce por causa do rompimento da barragem do Fundão, da mineradora Samarco, em Mariana, Minas Gerais.

A primeira das lições que a lama nos deu é sobre o licenciamento ambiental. Esse processo, fragilizado e negligenciado ao longo dos últimos anos, é o cerne do desastre de Mariana. Ali, o licenciamento ambiental foi, mais uma vez, desrespeitado e as condicionantes que deveriam ser cumpridas, como o estabelecimento de um plano de emergência, foram deixadas de lado. Apenas uma amostra do que vem acontecendo pelo país afora. Como se isso fosse pouco, há iniciativas tramitando no Congresso Nacional que fragilizam ainda mais o licenciamento ambiental, como o projeto de lei do Senado (PLS) nº 654/2015, que cria um procedimento acelerado e simplificado para o licenciamento de grandes obras, como hidrelétricas, estradas, ferrovias, portos e instalações de telecomunicações. (mais…)

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Por que não nascem bebês em Fernando de Noronha?

“É um pesadelo, você acha que nunca vai acabar. É uma sensação horrível você estar dentro de um quarto presa, às vezes sem dinheiro, longe da minha casa e da minha família.”

A frase acima não descreve uma experiência de exílio ou na prisão, mas a espera da noronhense Laisy Francine Costa e Silva, de 19 anos, pelo primeiro filho. Como todas as gestantes do arquipélago pernambucano – que é um dos principais destinos turísticos do Brasil, santuário ecológico e Patrimônio Natural da Humanidade, segundo a Unesco –, ela precisa sair de casa no sétimo mês de gestação para dar à luz em Recife, a 545 km de distância. (mais…)

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