Longe das vítimas, governo assina acordo sobre desastre de Mariana

MPs recusaram-se a endossar documento e emitiram nota de repúdio; representantes de comunidades atingidas foram incluídos apenas em órgão consultivo

Por Étore Medeiros, na A Pública

Sem vítimas ou representantes dos atingidos na plateia, o governo assinou na quarta-feira (2) o acordo extrajudicial com as mineradoras Samarco, Vale e BHP Billiton para reparar os danos sociais, ambientais e econômicos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 5 de novembro de 2015. O acerto, que foi articulado pela Advocacia-Geral da União, envolve o governo federal, os governos de Minas Gerais e Espírito Santo e as empresas. Tanto o Ministério Público Federal (MPF) como os Ministérios Públicos (MPs) de Minas Gerais e do Espírito Santo manifestaram repúdio ao texto e não compareceram ao evento, que ocorreu no Palácio do Planalto. Na minuta divulgada com exclusividade pela Agência Pública, os três órgãos eram citados como participantes do acordo. Isso não ocorreu. (mais…)

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Urbaniza Já! Moradores da Vila Autódromo estão mobilizados

Por Raquel Rolnik

A comunidade da Vila Autódromo, no Rio de Janeiro, está mobilizada em torno da campanha #urbanizajá, que cobra do poder público a consolidação e urbanização da vila para que as famílias que optaram por não deixar a área possam viver ali com dignidade. A campanha foi lançada no último fim de semana e convida as pessoas a gravarem vídeos cobrando da Prefeitura do Rio a urbanização da vila e desafiando outros três colegas a fazerem o mesmo.

Parte dos moradores da Vila Autódromo deixou a comunidade nos últimos anos, aceitando a oferta da Prefeitura de compensação financeira ou de realocação em um conjunto habitacional do programa Minha Casa Minha Vida. (mais…)

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Reunião com Ibama discute falhas no EIA/RIMA de São Luiz do Tapajós

Na última segunda-feira, dia 29, membros do Greenpeace Brasil e pesquisadores mobilizados pela ONG para realizar a análise crítica do EIA/RIMA da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós reuniram-se com a diretoria de licenciamento do Ibama para debater os impactos socioambientais do empreendimento

Amazônia

Uma análise independente feita a pedido do Greenpeace por nove pesquisadores referências em suas áreas de atuação concluiu que o EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental) da hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, protocolado no Ibama em 2014 pela Eletrobras, apresenta falhas graves e deve ser rejeitado pelo órgão licenciador. (mais…)

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Grandes obras como Belo Monte incentivam e fomentam o mercado do sexo no Brasil. Entrevista especial com Assis Oliveira

“Mais do que o impacto social, em locais de implantação de grandes obras, a exploração sexual e a prostituição se convertem em condições para sua existência e realização, pois historicamente uma está ligada à outra”, afirma o pesquisador

Por Patricia Fachin – IHU On-Line

Que relação existe entre os grandes empreendimentos, como Belo Monte, e o chamado “mercado do sexo”? “Existe um mercado do sexo próprio das grandes obras, que possui um grau de articulação variado, mas que atua há bastante tempo e cuja ação do Estado, em termos de conhecimento e de repressão, ainda está muito aquém do necessário”. (mais…)

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Caso de trabalho escravo faz OEA pôr Brasil no banco dos réus, por Xavier Plassat

Governo brasileiro foi julgado por omissão no combate aos casos da fazenda Brasil Verde. Confira artigo de Xavier Plassat, coordenador da Campanha Nacional da CPT de Combate ao Trabalho Escravo

Xavier Plassat* – CPT

San José da Costa Rica – A audiência na Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA), realizada em 18 e 19 de fevereiro para julgar ação movida contra o Estado brasileiro por omissão no combate ao trabalho escravo no caso da fazenda Brasil Verde, no Pará, desenvolveu-se da melhor maneira possível, do nosso ponto de vista de peticionários. (mais…)

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Boulos: Foram-se os anéis, vão-se os dedos

Pré-sal, programas sociais, salário mínimo, direito de manifestação: agora, tudo parece negociável para Dilma. Para salvar o mandato, ela destrói seu governo — e cria para si um legado de retrocessos

Por Guilherme Boulos – Outras Palavras

O velho provérbio aconselha entregar os anéis para preservar os dedos: em situações adversas, certas concessões seriam necessárias para garantir o essencial. Os provérbios são passíveis de uso, mas também de abuso. (mais…)

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