Avá-Canoeiro do Araguaia: demarcação já!

No Cimi

A demarcação da Terra Indígena (TI) Taego Ãwa, demanda histórica dos indígenas do povo Avá-Canoeiro do Araguaia, no Tocantins, encontra-se sob risco. Em maio de 2016, o senador Ronaldo Caiado (DEM/GO) entregou ao ministro da Justiça do governo interino, Alexandre de Moraes, um ofício no qual questiona o “mérito duvidoso” da portaria declaratória referente à TI Taego Ãwa e solicita sua “reanálise”.

O documento ignora a história dos Avá-Canoeiro do Araguaia (Ãwa, em sua autodenominação), marcada por eventos bárbaros de massacre e perseguição e por uma trajetória impressionante de resistência. Eles já foram caçados como animais selvagens, forçados a se esconder na mata por anos e, quase dizimados, foram capturados em uma ação de “contato” forçado em 1973, durante a Ditadura Militar, e levados para longe de sua terra. (mais…)

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Guarani-Kaiowá: ‘Onde fala a bala, cala a fala’

No IHU

“O confinamento dos Guarani-Kaiowá, o genocídio historicamente praticado contra eles, o homicídio violento de travestis, o espancamento de homossexuais, o estupro de mulheres no Mato Grosso do Sul são faces da mesma moeda: a ideologia da dominação masculina”. O comentário é de Simone Becker, Esmael Oiveira e Marcelo da Silveira Campos, todos professores da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) em artigo publicado por Brasil Debate. (mais…)

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A SME está comendo bola

Por Sassá Tupinamba

A Secretaria Municipal de Educação (SME), por meio do seu Núcleo de Educação Étnico-Racial, está comendo bola, só pode. Num ano eleitoral, é de se esperar que a situação, ou seja, o governo utiliza a máquina, ou seja, os recursos públicos, para cooptar e para convencer seu eleitorado que é ou apresenta o melhor candidato ao pleito eleitoral. Mas aqui é diferente, quando se trata de indígenas, só poderia.

Todos os movimentos já sabem, que se aproximando do período eleitoral, também se inicia o cerco eleitoral às lideranças de movimentos sociais, assim ocorre com movimentos culturais, com movimentos de habitação, movimentos negros e não poderia ser diferente com os movimentos indígenas, mas… Os movimentos indígenas têm suas lideranças escolhidas de forma muito diferente dos demais segmentos, que segue muito próximo das formas que cada povo, tradicionalmente, escolhe suas lideranças; com isso, quando uma liderança deixa de ser pautada pelo o seu respectivo povo, ela perde a credibilidade e passa a não ser mais reconhecida como tal. Com isso, quando uma liderança indígena é cooptada por governos e ou Estado, essa liderança perde a credibilidade interna, tornando os movimentos, organizações e comunidades indígenas quase que imunes aos vícios eleitoreiros. E tudo isso o governo e o Estado já sacaram. (mais…)

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O que há entre o domínio da terra e o genocídio indígena?

Por Fernanda Frizzo Bragato*, no Empório do Direito

O Estado do Mato Grosso do Sul foi palco, na última terça-feira, 14 de junho, de mais um ataque de pistoleiros armados contra a comunidade Guarani e Kaiowa da terra indígena Dourados-Amambai Peguá, município de Caarapó. De acordo com notícia veiculada no website do Conselho Indigenista Missionário (CIMI)[1], um brutal ataque de fazendeiros deixou morto o Kaiowá e agente de saúde indígena Clodiodi Aquileu Rodrigues de Souza, 23 anos. No ataque, que durou 4 horas, outros seis indígenas foram feridos por armas de fogo e encaminhados ao hospital. Outras seis pessoas – entre elas, uma criança de 12 anos – estão internadas no hospital. Cinco delas estão em situação grave, com tiros no coração, cabeça, tórax e abdômen. O massacre foi uma resposta à retomada realizada pelos Kaiowás na fazenda Yvu, vizinha à reserva de Te’yikue e incidente sobre a terra indígena em processo de demarcação pelo Ministério da Justiça (MJ). (mais…)

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Cai a máscara do fascismo na UnB. A Constituição foi mesmo pro lixo, MPF/STF?

Bombas, taser, spray de pimenta e canos de PVC “disfarçados” de bandeira. Conheça como foi planejado o ataque de 17 de junho.

Por Mídia Ninja/Medium

Se pairavam dúvidas sobre o fascismo existente no atentando da última sexta-feira (17) na Universidade de Brasília (UnB), elas acabam de ser elucidadas: nossa reportagem teve acesso aos diálogos do grupo criado no WhatsApp intitulado inicialmente como “Invasão CA Sociologia” para articular a dissimulada “manifestação”. As conversas explicitam as táticas e meios — como bombas, taser, spray de pimenta e canos de PVC “disfarçados” de bandeira — a serem utilizados para espalhar o terror e a violência. O objetivo do grupo é desmascarado nos diálogos em que revelam disputas políticas, violência física, chacina e intimidação dos estudantes e professores da universidade, além de preconceitos como homofobia, machismo, racismo e discursos de ódio contra a esquerda. Há ainda ameaças criminosas de espancamento a alvos específicos. (mais…)

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