Campos de Extermínio mental: A classe mídia e o mainstream do Golpe

Por Bajonas Teixeira de Brito Junior, no Cafezinho

Ao que tudo indica, a classe média que serviu de massa de manobra para o golpe tornou-se uma autêntica classe mídia, e isso tem que ser entendido a partir do mainstream que dominou no Brasil nos últimos anos.  Para essa nova classe mídia, a televisão foi, em especial na última década e meia, um vasto campo de extermínio mental. Um dos efeitos dessa liquidação em massa da inteligência foi o ódio à cultura.  Basta atentar para a perseguição aos artistas, chamados de vagabundos, ao clima de caça às bruxas instaurado contra a Lei Rouanet, às agressões à classe artística nas redes sociais. (mais…)

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Quando morre uma língua, por José Ribamar Bessa Freire

– É justo perguntar: não é, realmente, de uma estupidez revoltante o sistema que seguimos de obrigar esses pobres homens a falar o português, sem o auxílio de um intérprete? Não é muito mais razoável que primeiro a aprendêssemos nós, para depois, e com vagar, ensinarmos a eles a nossa língua?

Em Taqui Pra Ti

Couto de Magalhães, poucos anos antes de ser presidente da província de Mato Grosso, no séc. XIX, previu profeticamente a estupidez que seria cometida um século e meio depois por três deputados de Mato Grosso do Sul, mostrando que o sistema não mudou. Os três ignorantes que não falam terena – Paulo Correa (PR vixe), Rinaldo Oliveira (PSDB, vixe) e Mara Caseiro (PTdoB, vixe vixe) – impediram que o líder indígena Paulino, convocado a depor na CPI do genocídio, relatasse em sua língua materna os ataques que a comunidade vem sofrendo desde 2013. Ako kemiiku emo’u xane peke’exake. (mais…)

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ONU e CIDH manifestam preocupação com medidas do governo Temer para EBC e CGU

Relatores das duas entidades dizem que ‘interferência’ na Empresa Brasil de Comunicação e conversão da Controladoria-Geral da União em ministério são passos ‘negativos’

No Opera Mundi

Relatores da ONU (Organização das Nações Unidas) e da CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos) expressaram preocupação nesta sexta-feira (24/06) com as medidas adotadas pelo governo interino de Michel Temer no que consideram uma “interferência” em relação à EBC (Empresa Brasil de Comunicação), bem como na conversão da CGU (Controladoria Geral da União) em Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle. (mais…)

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“Senhor, livrai-nos da violência policial”, reza uma igreja em São Paulo

Nas missas do Padre Paulo Bezerra, tem espaço para policial que defende a desmilitarização da PM e para drag queen explicar a diversidade sexual

Por Fausto Salvadori Filho, na Ponte

No último domingo (19/6), os fieis que lotaram a igreja Nossa Senhora do Carmo, no Largo da Matriz em Itaquera, zona leste de São Paulo, rezaram pedindo o fim da violência policial e, durante a missa, assistiram a uma palestra em que o tenente-coronel aposentado da PM Adilson Paes de Souza defendeu a desmilitarização das polícias.

Durante a Oração dos Fieis, os católicos pediram “Ó Senhor, escutai a nossa prece” em preces que incluíam livrai-nos, Senhor, da violência policial truculenta e cega” e “livrai-nos, Senhor, da violência social enraizada no solo apodrecido do sistema capitalista”. (mais…)

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“A guerra às drogas é uma ótima desculpa.” Violência assusta população da Cidade de Deus

Moradores contam que são obrigadas a se esconder de tiroteios e que a UPP está longe de ser um projeto de paz.

Por Juana Portella, no Rio On Watch

Desde o início deste mês, constantes ações da polícia na Cidade de Deus vêm assustando moradores que vivem uma rotina de medo, com relatos de tiroteios e constantes ações do caveirão –nome dado ao carro blindado usado pelo Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Moradores questionam o papel e funcionalidade da UPP e reclamam de ter seus direitos violados. Alguns preferem nem sair de casa temendo os prejuízos em dia de operação policial. (mais…)

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Levando a história do genocídio Guarani Kaiowá, grupo de dança de Dourados circula pelo País

Por Naiane Mesquita, no Campo Grande News

O som vem do chão, da terra, emerge, arrebenta as raízes construídas há milênios. O pó é vermelho, como o sangue que foi derramado um dia após o outro na história dos Kaiowá e Guarani. É essa tradição que luta cheia de dor para sobreviver, que o espetáculo de dança e teatro Ara Pyahu, Des/caminhos do contar-se apresenta nos palcos sul-mato-grossenses e prepara para entrar em circuito nacional pela Funarte (Fundação Nacional das Artes).

O espetáculo é de autoria da companhia Mandi’o, que em guarani significa Mandioca. A raiz que é a principal fonte da alimentação indígena, mostra desde o início o desejo do grupo de se sentirem próximos das culturas regionais e suas expressões. Um estado de estar e imergir da terra. (mais…)

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Dowbor: como as corporações cercam a democracia e nos dominam

Radiografia de um sequestro: banqueiros e megaempresários colonizam os partidos, compram acordos no Judiciário, comandam mídia e extraem dinheiro dos Tesouros. Haverá saída?

Por Ladislau Dowbor[1], em Outras Palavras

“A política mudou de lugar: a globalização desafia radicalmente os quadros de referência da política, como prática e teoria” (Octávio Ianni [2])

“Capture is more subtle and no longer requires a transfer of funds, since the politician, academic or regulator has started to believe that the world works in the way that bankers say it does” (Joris Luyendijk [3])

Olhar o século 21 pelas lentes do século passado não ajuda. Quando pensamos o mundo da economia, pensamos ainda em interesses econômicos e mecanismos de mercado. A política, o poder formal, os impostos, o setor público em geral representariam outra dimensão. Não é nova a ruptura destas fronteiras, a penetração dos interesses de grupos econômicos privados na esfera pública. O que é novo, é a escala, a profundidade e o grau de organização do processo. (mais…)

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