Algozes de indígenas no MS tentam eleição no dia 2 de outubro

Candidatos a prefeito possuem terras em áreas Guarani Kaiowá ou Terena; outros são pecuaristas, latifundiários; alguns foram protagonistas diretos de episódios violentos nos últimos anos

Por Alceu Luís Castilho e Izabela Sanchez, De Olho nos Ruralistas

Eles não são Guarani Kaiowá. E disputam as prefeituras do Mato Grosso do Sul do outro lado da trincheira: como pecuaristas, latifundiários, defensores da propriedade privada em áreas reivindicadas por povos indígenas. Alguns foram protagonistas diretos de episódios que figuram entre os mais violentos na mais concentrada disputa de terras do país. Casos de ameaças – e de mortes. Mortes de Guarani Kaiowá, mortes de Terena. O caldeirão de violência sul-mato-grossense tem neste domingo (02/10) um dos pontos estratégicos de sua fervura. (mais…)

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TJ SP anula julgamentos que condenaram PMs envolvidos no massacre do Carandiru

Saiba quem são os desembargadores que anularam os julgamentos realizados pelo Tribunal do Júri. Segundo  o relator da ação, Ivan Sartori, “não houve massacre, houve legítima defesa”

Por Justificando, na Ponte

A 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo anulou nesta terça-feira (27/09) os julgamentos que condenaram 74 policiais militares pelo massacre do Carandiru, ocorrido em 1992, quando 111 presidiários foram assassinados por uma ação da PM.

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Após Temer se comprometer com refugiados na ONU, 30 estrangeiros são isolados em aeroporto

Grupo foi surpreendido com nova portaria do governo federal e não pôde entrar no Brasil

Por Lumi Zúnica, da Ponte Jornalismo, e Érica Saboya, especial para a Ponte

Neste momento, mais de 30 estrangeiros de diversas nacionalidades como libaneses, senegaleses, guineenses e nigerianos estão na área de desembarque do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, sem poder entrar no Brasil. Solicitantes de refúgio, eles saíram do País com autorização de retorno e foram surpreendidos por nova normativa quando regressaram. Agora estão isolados de qualquer conhecido, numa zona obscura do aeroporto e da lei. (mais…)

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Há 30 anos sem erradicar a dengue, Brasil enfrenta epidemia de chikungunya e zika vírus. Entrevista especial com Rivaldo Venâncio da Cunha

Por Patricia Fachin, no IHU On-line

Os casos de pessoas infectadas por chikungunya no Brasil “subiu dez vezes” de junho de 2015 a junho de 2016, passando de 17 mil casos notificados para 170 mil casos em um ano, informa Rivaldo Venâncio da Cunha à IHU On-Line, na entrevista a seguir, concedida por telefone. “Algumas pessoas têm me perguntado se há o risco de ocorrer uma epidemia de chikungunya em 2016. Eu tenho respondido que não há o risco de ocorrer uma epidemia, pois ela já está ocorrendo” e a tendência, diz, é aumentar o número de casos no próximo verão. (mais…)

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Racismo ambiental no Brasil

“O clamor contra o Racismo Ambiental levanta questões sobre a ocorrência de racismo entre nós e, segundo Tânia Pacheco, embora totalmente diferente da forma como historicamente se manifestou e se manifesta ainda nos Estados Unidos, o racismo está indubitavelmente presente na nossa sociedade”, escrevem Elissandro dos Santos Santana, colunista, ambientalista, e membro do Conselho Editorial da Revista Letrando, e Denys Henrique Rodrigues Câmara, especialista em educação de jovens e adultos e professor de língua estrangeira do CIEPS – Complexo Integrado de Educação de Porto Seguro e Joceneide Cunha dos Santos, doutora em História e professora da Universidade do Estado da Bahia, em artigo publicado por Portal Desacato e reproduzido por EcoDebate. Eis o artigo.

IHU On-Line

Sabiam que para homens e mulheres negros sempre reservaram os rincões mais inóspitos no Brasil? Que eles foram trazidos forçados, maltratados, humilhados através do Atlântico, oriundos de várias partes do imenso Continente Africano, e jogados nas senzalas da maldição? Muitos, inconformados, fugiram e formaram os Quilombos (embriões de luta pela liberdade). Tais espaços até meados do XIX foram construídos em lugares de difícil acesso, com fins precípuos de evitarem que os andantes em fuga fossem descobertos pelos brancos opressores. No século XIX, com o aumento de libertos e processo maior de urbanização, alguns quilombos foram presentes no meio urbano, no centro e em lugares que a população branca transitava com limitações. Os quilombos representaram, a partir da poesia do sangue, um paradoxo, pois, ao mesmo tempo em que eram castelos frágeis de sonhos, também eram fortalezas simbólicas para o hoje. Alguns destes espaços não eram fixos, pois a busca do senhorio patriarcal pela captura dos viajantes sedentos pela liberdade forçava a fuga constante. Os que não se rebelaram, por medo ou por outros sentimentos ainda mais profundos e sem explicação detalhada, continuaram nas periferias da Casa Grande, na insalubridade, no limite entre a vida e a morte. As reformas urbanísticas do final do XIX e início do XX, derrubaram os cortiços, com isso, boa parte da população negra e pobre passou a ocupar os morros dentre outros lugares. (mais…)

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A cor, a classe e o endereço da legalidade

As audiências de custódia são um importante mecanismo de controle da legalidade da atividade policial. A questão é se o Judiciário trata igualmente todos os casos de ação ilegal da polícia

Por Raquel da Cruz Lima*, especial para a Ponte Jornalismo

A recente decisão de um juiz de relaxar a prisão de 18 jovens presos em uma região nobre da cidade de São Paulo antes de uma manifestação contra o governo Temer ganhou bastante repercussão, sobretudo pelo tom forte com que repreendeu a ação da polícia: “O Brasil como Estado Democrático de Direito não pode legitimar a atuação policial de praticar verdadeira ‘prisão para averiguação’ sob o pretexto de que estudantes reunidos poderiam, eventualmente, praticar atos de violência e vandalismo em manifestação ideológica. Esse tempo, felizmente, já passou.”

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