Tania Pacheco
No dia 7 de fevereiro de 2015, o catamarã de passeios turísticos mantido pela Prefeitura de Ilha Comprida, São Paulo, decidiu fazer uma parada extraordinária na praia onde vive a Comunidade Caiçara da Enseada da Baleia. Embora o local não fizesse parte de sua rota, julgou-se no direito a levar seus passageiros até o território da comunidade, mas não só: ignorou igualmente tratar-se de área sujeita a erosão, controlada com cuidado por contenções feitas pelos caiçaras ao longo dos anos. O resultado?
Conseguiu atracar após algumas tentativas e usando para isso a potência máxima do motor. Com sua inconsequência, ofereceu aos turistas o espetáculo extra da contenção destruída, do terreno cedendo mais de 20 metros, de casas e construções desabando, ante a angústia da comunidade que lutava por salvar seus pertences. Nem mesmo uma árvore centenária, parte da história local, sobreviveu. (mais…)
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