A grande maioria dos escândalos durante a Presidência de Michel Temer pode ser entendida a partir de um evento crítico: a divulgação da gravação em que seu aliado mais próximo, Romero Jucá (PMDB/RR), secretamente descrevia o “pacto nacional” para interromper a Lava Jato. O plano – que Jucá dizia explicitamente ter sido aprovado pelas instituições nacionais mais importantes: líderes de partidos, a mídia, os militares e o STF (com exceção de Teori Zavascki, morto recentemente) – envolvia o impeachment de Dilma e, posteriormente, o uso do poder nas mãos do PMDB e do PSDB para impedir a continuidade das investigações sobre a corrupção. (mais…)
Day: 8 de fevereiro de 2017
Marinha agride, intimida e ameaça comunidade quilombola na Bahia
Por Ana Maria Gonçalves, The Intercept Brasil
Os poucos quilômetros que separam a guarita fortemente vigiada por oficiais da Marinha do vilarejo de casas pertencentes às famílias que resistem no Quilombo Rio dos Macacos contam mais do que uma história recente: fazem parte de um cerco. (mais…)
Exploração Indevida: comunidades tradicionais protestam contra poços de petróleo na foz do Amazonas
Representantes de comunidades tradicionais pesqueiras vão ao Ministério Público Federal (MPF), em Belém, denunciar irregularidades no processo que autorizou a perfuração de poços de petróleo na bacia da foz do Amazonas. Os movimentos reivindicam que a área seja reservada à pesca artesanal.
Por Abílio Dantas, Amazônia em Chamas
A resistência ao modelo colonizador europeu começa a escrever um novo capítulo na Amazônia. No dia 31 de janeiro de 2017, representantes de comunidades tradicionais de pesca e movimentos sociais reuniram-se com o procurador federal Patrick Menezes Colares, em Belém, para denunciar os riscos que sofrem suas culturas e modos de sobrevivência com o início de atividades de perfuração de poços de petróleo na bacia da foz do rio Amazonas. A reunião foi marcada pela exposição das particularidades econômicas e sociais das comunidades e culminou com a entrega de um requerimento que solicita ao Ministério Público Federal (MPF) a imediata anulação do procedimento que autoriza a perfuração no território. (mais…)
No RJ, Sem Terra são ameaçados por donos de empresa investigada na Lava Jato
As famílias acampadas afirmam que César Farid e Lina Miranda não possuem a documentação da propriedade da fazenda.
Por Mariana Pitasse, do Brasil de Fato, na Página do MST
As mais de 180 famílias que formam a Ocupação Fidel Castro, em Silva Jardim, interior do Rio de Janeiro, tiveram que realocar suas barracas para fugir de um violento despejo. (mais…)
Página de moradores do Leblon que recebe patrocínio de empresas exibe postagens racistas
No Justificando
Há quase um ano, a página do Facebook “Alerta Leblon” tem promovido postagens racistas e higienistas com relação a ocupação nos bairros nobres do Rio de Janeiro. No último dia 04, a página escancarou o preconceito em um dos seus posts, em que expõe fotos de homens negros andando pela praia do Leblon, os acusou de ladrões e alertou que todos os moradores devem ficar atentos ao “topar com eles”, orientando que os denuncie para a polícia. (mais…)
Funai pretende entrar na Justiça para barrar instalação de mina de ouro no Xingu
Segundo órgão, licença prévia do projeto não poderia ter sido emitida antes da aprovação dos estudos pelas comunidades
Por Lilian Campelo, Brasil de Fato
A Fundação Nacional do Índio (Funai) avalia possibilidade de propor uma ação judicial para impedir a instalação do projeto Volta Grande, que consiste na extração de ouro a céu aberto no município de Senador José Porfírio (PA), a 14 km da barragem hidrelétrica de Belo Monte, em Altamira (PA). (mais…)
A Samarco e os R$0,33 centavos de indenização
Proposta da empresa inclui pagar R$1,19 por um pé de mandioca e R$0,33 por uma touceira de cana. Família que aceitar ficará sem terra.
O Programa de Indenização Mediada (PIM) é uma das ações previstas no acordo federal entre a Samarco (Vale\BHP Billiton) com a União e os estados de Minas Gerais e o Espírito Santo que criou a Fundação Renova. Cada família atingida, após ser cadastrada pela mineradora, deve se dirigir ao escritório de indenização onde será atendido por analistas da Fundação e “mediadores neutros” contratados pela empresa que vão apresentar a proposta com base nas informações do cadastro. (mais…)