Por Célia Regina Ody Bernardes, no Justificando
“Para nós, território é todo o conjunto. É o universo, onde estão todas as coisas que garantem a nossa sobrevivência, o exercício do nosso modo de vida no sentido cultural, político e a relação íntima com a natureza e meio ambiente. Não é terra, lote ou bem que se quer para vender. É espaço onde se tem relação muito íntima com a água, o sol, a lua, as estações, as árvores. (…) índio sem território deixa de existir. Sem território não temos como manter viva a nossa identidade (…) nos reafirmar e nos manter como povos indígenas. Para as mulheres, isso é ainda mais forte. Para nós, terra é como mãe. A terra é a nossa mãe, a nossa protetora. É uma relação sagrada e onde temos tudo. A gente acredita que a terra é que dá toda a força para as mulheres atuarem e exercerem o seu próprio jeito. (…) A principal luta continua sendo a garantia do território, porque a partir daí a gente consegue garantir as outras políticas sociais, culturais e políticas para as mulheres”. (Sônia Guajajara, do povo Tenetehara (Maranhão), secretária-executiva da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e liderança do projeto Voz das Mulheres Indígenas (ONU), 2015).
“(…) vamos parar com essa discussão sobre terras. Terra enche a barriga de alguém?” (Ministro da Justiça (sic) Osmar Serraglio, 2017).
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