Barragem de mineradora chinesa compromete o Rio Tundaíme no Equador

Por Fábio Zuker, na Amazônia Real

Tarapoto (Peru)A cientista social e militante Gabriela B., de Quito, no Equador, analisou o atual momento político na administração final do presidente Rafael Correa, o processo constituinte, com ampla participação indígena, e os retrocessos das ações na área ambiental. “A verdade é que o extrativismo se intensificou como nunca nesses últimos anos. A renegociação dos contratos petroleiros permitiu que o Estado aumentasse, e muito, a sua parte. Pois antes os ganhos eram insignificantes. E isso também permitiu ao Estado entrar em outras lógicas mais, digamos, “gananciosas”. Um caso que é hoje emblemático é o da comunidade indígena Shuar de Nankint, na Cordilheira do Condor. O projeto Cóndor Mirador é um dos maiores projetos de mineradoras do país, uma empreitada chinesa. A análise de impacto ambiental realizada pela empresa mostra que o Rio Tundaíme, um rio vivo e despoluído, será desviado. No leito deste rio vão colocar todos os detritos das mineradoras, uma barragem como aquela que se rompeu em Brasil [refere-se ao caso de Mariana], só que nove vezes maior”, diz a cientista equatoriana em depoimento exclusivo ao antropólogo e jornalista Fábio Zuker durante a VIII Fórum Social Panamazônico (Fospa). (mais…)

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Liberdade acadêmica está em risco no Brasil, afirmam antropólogos

Associações nacionais e internacionais de antropologia alertam para criminalização da pesquisa básica sobre populações tradicionais, indígenas e quilombolas no Brasil

No ISA

Associações científicas antropológicas, nacionais e internacionais, receberam com profunda preocupação e alarme os resultados, divulgados este mês, dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Funai e Incra instaurada em 2015 na Câmara dos Deputados, encerrada sem conclusões e reaberta em 2016, sob a liderança dos deputados ruralistas Alceu Moreira (PMDB/RS), Luiz Carlos Heinze (PP/RS) e Nilson Leitão (PSDB/MT). Com mais de 3000 páginas, o relatório final pede o indiciamento de 88 pessoas em cinco estados (Bahia, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) entre indígenas, quilombolas, assentados da reforma agrária, ativistas, procuradores, políticos, além de antropólogos e outros pesquisadores que atuaram em processos de reconhecimento de direitos territoriais. (mais…)

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Homenagem do MST a Nelson Xavier

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra rende homenagens à Nelson Xavier, um dos mais importantes nomes do teatro brasileiro do século XX. Protagonista da cena teatral desde os anos 1950, Nelson Xavier integrou o elenco do Teatro de Arena, e foi autor, em conjunto com Augusto Boal, Dalton Trevisan e Modesto Carone, da primeira peça do teatro brasileiro em que a luta camponesa pela terra assume o protagonismo da cena, “Mutirão em Novo Sol”. (mais…)

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“Índios gays no Brasil”: a colonização das sexualidades indígenas é tema de livro e de entrevista com Estevão Fernandes e Barbara Arisi

Atenção: vários textos sobre o tema, incluindo alguns capítulos do livro, podem ser acessados para download aqui. (TP)

Tania Pacheco

Acaba de ser disponibilizado online pela Springer  um livro de título instigante, que já consta na lista dos mais vendidos no pré-lançamento da Amazon.com: Gay Indians in Brazil: Untold Stories of the Colonization of Indigenous Sexualities (“Índios gays no Brasil: As histórias não contadas da colonização das sexualidades indígenas”).  (mais…)

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Mutirão em defesa dos direitos indígenas é realizado em Itamarati (AM)

Por Ligia Kloster Apel – Cimi

“Os órgãos públicos precisam ouvir os povos indígenas, conhecer nossas necessidades e assumir sua responsabilidade de criar e implementar políticas públicas específicas para nós. Conquistamos com muita luta nossos direitos na Constituição que este ano completará 29 anos, mas os governos municipais, estaduais e federal ainda não estão cumprindo com seu dever de torná-los realidade. Assim, exigimos atenção, acompanhamento e ações dos órgãos públicos para que nossos direitos sejam garantidos e cessem as situações de violações descritas nesta Carta”. (mais…)

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Funai – de General a General, por Egon Heck

Cimi

Basta um olhar crítico para ver a efetiva “solução final” da questão indígena buscada pela ditadura militar: chegar ao ano 2.000 sem ter índios no Brasil. Esse não era um vago ou isolado desejo de alguns. Foi meta buscada tenazmente através de políticas e projetos de lei, como o da “emancipação”, “índios aculturados”, “critérios de indianidade”, entre outros. (mais…)

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