A Volta da Capela em Barra Longa/MG: violações e incertezas

Por Karine Gonçalves Carneiro, Monique Sanches Marques e Tatiana Ribeiro de Souza*, no MAB

Há quase dois anos do desastre-crime sociotecnológico provocado pela Samarco e suas controladoras (Vale e BHP Billiton), a lama, considerada pelas empresas como inerte, avança. E avança com o auxílio dessas mesmas empresas e suas máquinas extremamente eficientes em violar direitos e interferir no cotidiano das pessoas.  Esta é a situação dos núcleos familiares que residem na Volta da Capela, localidade de Barra Longa/MG. (mais…)

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Depois de 15 anos e muita pressão, FLIP finalmente abre espaço para mulheres e negros na programação

Por Ana Maria Gonçalves, no The Intercept Brasil

São muitas as expectativas em relação à 15ª FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty) que, nesta edição homenageia Lima Barreto e acontece de 26 a 30 de julho, no litoral do Rio de Janeiro. Já estive em cinco edições anteriores e acompanhei com grande interesse a primeira delas, em 2003, quando estava começando a escrever. Até então, nenhuma outra feira literária tinha recebido tanta atenção da imprensa, dando visibilidade a escritores e escritoras nacionais e trazendo nomes de destaque no cenário internacional, como Don DeLillo e o historiador Eric Hobsbawn. De lá pra cá, muito coisa mudou – principalmente o fato de ter partido de uma edição em que, entre os 25 convidados, nenhum era negro e apenas três eram mulheres. (mais…)

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Dois meses do Massacre de Pau D’Arco: um crime do Estado ainda em andamento

Por Mario Campagnani, Justiça Global

O Massacre de Pau D’Arco, no sul do Pará, completou dois meses nesta segunda-feira, dia 24 de julho. A Justiça Global vem acompanhando o caso desde o início, pressionando o Estado a responder rapidamente sobre as responsabilizações pela morte dos trabalhadores rurais, assim como na reparação aos familiares e companheiros de luta das vítimas. O que se vê, contudo, é um cenário de aumento da tensão na região. Desde o momento da morte das 10 pessoas pelas mãos das polícias militar e civil, dentro da Fazenda Santa Lúcia, a Justiça Global foi a público dizendo “o Estado brasileiro não só não promove a justiça como ainda é o principal agente da violência contra a organização e a luta popular no campo“. Mesmo com toda a repercussão do caso, nacional e internacionalmente, a falta de medidas ainda levou a uma nova vítima, Rosenildo Pereira de Almeida, conhecido como Negão, de 44 anos, uma das lideranças do acampamento dos trabalhadores, no dia 7 de julho. (mais…)

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Revista Terena Vukápanavo faz chamada para seu número de estreia

Tania Pacheco

A Revista Terena Vukápanavo (Avante, no idioma do Povo), primeira organizada por pesquisadores indígenas, está recebendo artigos para seu número de estreia, com um dossiê que terá por tema “Direito dos povos indígenas em contexto de golpe”. As contribuições podem ser encaminhadas também por não-indígenas e devem ser enviadas até 30 de setembro para [email protected].   (mais…)

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Dia 4: ‘Para Além dos Números’, a Baixada Grita por uma Análise Crítica do Atlas da Violência Neste ‘Julho Negro’

Chloe Villalobos, Gigi Ong-Alok – RioOnWatch

Como parte da semana Julho Negro, o Centro de Direitos Humanos da Diocese de Nova Iguaçu e o Fórum Grita Baixada realizaram um painel para discutir o Atlas de Violência 2017, um estudo publicado recentemente sobre a violência e homicídios no Brasil realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). O estudo mostra que jovens negros são as principais vítimas da violência no Brasil. O painel do Julho Negro, intitulado “Para Além dos Números”, ilustrou a importância da humanização das estatísticas e das pesquisas. Especificamente, os pesquisadores revelaram o racismo institucionalizado por trás dos números surpreendentes que colocam a polícia brasileira como uma das mais assassinas em todo o mundo. (mais…)

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O desafio de superar uma institucionalidade “caduca” das democracias representativas. Entrevista especial com Alexandre Mendes

João Vitor Santos – IHU On-Line

Para o professor Alexandre Mendes, a representação política tal qual está posta nas democracias ocidentais já manifesta, por si só, uma corrupção do sentido de democracia. Para ele, antes de pensar em salvar a representatividade, é preciso conceber outra democracia. “A criação de mecanismos políticos que possam servir para reverter a permanente expropriação institucional realizada nos Estados polimorfos contemporâneos se revela como um ponto central de enfrentamento e, ao mesmo tempo, um permanente enigma”, pontua. Mas como pensar em saídas? Na sua perspectiva, é importante assumir que a participação via conselhos e comitês, por exemplo, é um modelo já esgotado pela apreensão que o poder institucional já fez desse modelo. “Isso significa dizer que as instâncias são atravessadas pela lógica partidária, pelos ciclos eleitorais, pela barganha política e por uma subordinação fortíssima ao próprio poder Executivo”, analisa. (mais…)

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Na 43ª Assembleia, Cimi Regional MT reflete atual conjuntura e denuncia violações nos direitos dos povos indígenas

Cimi

O contexto traz grandes desafios. Direitos sociais são usurpados por um governo perpetrado por um grupo político representante dos setores da indústria, do agronegócio e do capital internacional. “O Poder Executivo, na ânsia de manter o apoio dos parlamentares aliados, cede a todas as pressões”. Diante a atual conjuntura, missionários e missionárias do Conselho Indigenistas Missionário (Cimi) do Regional Mato Grosso (MT) reafirmam em Assembleia o profetismo na missão junto aos povos indígenas. O encontro aconteceu na última semana, de 17 a 21, em Fátima de São Lourenço (MT), com o tema Espiritualidade e Profecia no desafio da Missão.  (mais…)

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