Senado prorroga por quatro anos a lei que suspende o despejo de comunidades de povos originários
Por Mar Centenera e Ramiro Barreiro, El País Brasil
Na Argentina há mais de 200 conflitos indígenas por resolver. Em sua maioria são disputas territoriais com proprietários de terras, grandes corporações e o Estado. Em 2006, o Congresso argentino aprovou uma lei que previa realizar no prazo de três anos um relatório das mais de 1.500 comunidades indígenas distribuídas por todo o país e suspendia todos os despejos. Onze anos depois, menos da metade foi recenseada e o Senado acaba de aprovar por unanimidade uma terceira prorrogação da lei por mais quatro anos, que tem de ser aprovada também pela Câmara dos Deputados. A lenta contagem das comunidades indígenas reflete o pouco interesse governamental pelas reivindicações dos povos originários, mas essa indiferença se rompeu há dois meses. Em 1 de agosto, o artesão Santiago Maldonado desapareceu durante uma operação da Gendarmeria (força policial militar argentina) contra mapuches que reivindicam terras na Patagônia da multinacional italiana Benetton. (mais…)
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