Argentina: viagem ao coração da jazida Vaca Muerta

Os projetos hidrocarboníferos, junto ao acaparamento de terras, são uma das fontes do agravamento do conflito indígena.

Por Maristella Svampa*, no Correio da Cidadania

O não reconhecimento da responsabilidade da Gendarmeria Nacional no desaparecimento forçado de Santiago Maldonado e, mais ainda, a negação sistemática do fato ocorrido em uma solitária estrada da Patagônia argentina em 1º de agosto, no marco de um protesto em favor da libertação do lonko (líder) mapuche Facundo Jones Huala, gerou no governo Macri uma inesperada crise política. Por um lado, a desaparição colocou no tapete não só o endurecimento do contexto repressivo, mas também o desconhecimento e a indiferença do atual governo a respeito dos consensos forjados na sociedade argentina em torno dos direitos humanos, após a experiência do terrorismo de Estado e desaparição forçada de milhares de pessoas sob a última ditadura. Por outro lado, em meio a uma enorme campanha política midiática de caráter anti-indígena, a crise terminou por dar visibilidade aos reclamos dos mapuches sobre a propriedade das terras, hoje em disputa.  (mais…)

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‘Estamos retrocedendo’, diz mãe de santo em audiência pública sobre intolerância religiosa no RJ

Secretaria de Direitos Humanos registrou 39 em dois meses na Baixada Fluminense. Titular da pasta afirmou, no entanto, que número de casos deve ser maior que o registrado oficialmente.

Por Bruno Albernaz, G1 Rio

A crescente onda de ataques a terreiros de candomblé e umbanda registrados no Rio de Janeiro, principalmente na Baixada Fluminense, representa um retrocesso da sociedade ao período escravocrata do país. Foi o que afirmou uma das representantes de religiões de matiz africana que participaram, na manhã desta quinta-feira (5), de uma audiência pública sobre o tema na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). (mais…)

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Lideranças indígenas da Raposa Serra do Sol entregam dossiê dos avanços e conquistas após homologação aos ministros do Supremo Tribunal Federal

Por  CIR

Desde segunda-feira, 2, uma comitiva de lideranças indígenas da terra indígena Raposa Serra do Sol e do Conselho Indígena de Roraima estão em Brasília para cumprir uma agenda de apresentação dos avanços e conquistas após a homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol, homologada pela Presidência da República em 2005 e reafirmada pelo Supremo Tribunal Federal(STF), em 2009. A agenda termina nesta sexta-feira, 6. (mais…)

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‘Como é possível governar pagando uma quadrilha?’, questiona Antonio Negri

Antes de se tornar uma das mais importantes vozes críticas da esquerda mundial, o filósofo italiano Antonio Negri, de 84 anos, passou quatro anos e meio preso sob a acusação de participar da morte do líder democrata-cristã Aldo Moro. Eram o fim dos anos 1970, anos de chumbo na Itália. Saiu da cadeia ao ser eleito deputado. Professor de filosofia do Direito e Teoria do Estado na Universidade de Pádua e depois na Universidade de Paris VIII e no Collège International de Philosophie, Negri conhece a realidade brasileira – esteve nessa semana em São Paulo participando de seminário 1917, o Ano que Abalou o Mundo e do lançamento do livro homônimo, organizados pela editora Boitempo. Aqui, ele fala sobre Lula, de Antonio Palocci, o futuro do PT e da esquerda no ano do centenário da revolução russa

Marcelo Godoy – O Estado de S. Paulo / IHU On-Line (mais…)

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Sargento da BM, que assassina sem-terra pelas costas, é herói?

“Organizemos um ato de desagravo à família do Elton. Encontremo-nos com quem foi ultrajado de forma a mais vergonhosa pela festa organizada em homenagem ao sargento que o assassinou. Levemos nossa solidariedade e tratemos de mostrar-lhe em que medida a dor do seu luto não deve aumentar por isso, mas sim desconsiderar essa estupidez como própria da ignorância, da falta de educação, da raiva e do preconceito estimulados ideologicamente por todo o desprezo que fermenta e azeda a cultura de quem já se convenceu de que gente pobre é inferior e manter essa desigualdade uma condição de prestígio”, escreve Jacques Távora Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul e membro da ONG Acesso, Cidadania e Direitos Humanos

IHU On-Line

O número de agricultoras/es sem-terra mortas/es nesses frequentes conflitos por terra em todo o Brasil já entrou para a nossa história como um dado estatístico praticamente ignorado pelo Poder Público, por grande parte tanto da sociedade civil como da mídia. Defensoras/es dos direitos humanos já morreram 62 neste conturbado ano de 2017, segundo a CPT. (mais…)

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Bloco de Carnaval ‘Vagalume, O Verde’ Expande Legado Sustentável do Horto

Sophia Zaia – RioOnWatch

Hugo José Camarate, nascido e criado no Horto Florestal, fundou o bloco de rua Vagalume O Verde em 2005, buscando ressuscitar as suas lembranças infantis no Horto, quando os blocos carnavalescos uniam sua comunidade com magia e fantasia todo ano. Vagalume O Verde não é como qualquer outro bloco de carnaval, pois ele destaca a sustentabilidade. O bloco reaproveita materiais para criar seus estandartes e fantasias, e planta mudas para neutralizar suas emissões de CO2. Vagalume O Verde celebra a comunidade do Horto, seus personagens famosos, seus valores e a sua resistência. (mais…)

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Indígenas e organizações da sociedade civil denunciam violações de direitos a relator especial da ONU

Cimi

Na última segunda-feira (02), organizações da sociedade civil denunciaram as violações de direitos humanos ocorridas no Brasil ao relator especial das Organizações das Nações Unidas (ONU), Michel Forst. Massacres de trabalhadores rurais no Pará, ameaças a advogados, militantes LGBT, indígenas e quilombolas, além da violência urbana, foram apresentadas por militantes diretamente vinculados às situações e entidades de apoio. (mais…)

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