O meio ambiente nem bem começou a se regenerar depois de dois anos do fatídico desastre em Mariana e já tem empresa prestes a conseguir licença para minerar na área
Por Guilherme Paranaiba e Flávio Ribeiro – especial para o EM
A vegetação mal começa a romper com dificuldades a capa espessa de lama que pavimentou o fundo e as margens do Rio Gualaxo do Norte, indicando uma lenta recuperação da natureza, e o fantasma da mineração já está de volta. Dois anos depois da avalanche de rejeitos, que matou 19 pessoas e levou um rastro de destruição ao longo da Bacia Hidrográfica do Rio Doce com o rompimento da Barragem do Fundão, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, tramita na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semad) um pedido de licença para nova atividade minerária que pode afetar uma das áreas mais castigadas pela maior tragédia ambiental da história do Brasil. Nem bem o meio ambiente começou seu lento caminho rumo à regeneração, da vegetação e dos rios afetados, outra empresa já tem pedido de autorização sob análise não só para minerar, mas também para desviar o curso do Gualaxo do Norte, com o objetivo de extrair ouro do rio a 8 quilômetros de Bento Rodrigues, subdistrito devastado pela lama. (mais…)
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