APIB participa da 23ª Conferência do Clima na Alemanha

APIB participa, entre os dias 06 a 17 de novembro, da 23 Conferência do Clima da ONU, que acontecerá em Bonn, na Alemanha. Com a presidência de Fiji, pequena ilha do Oceano Pacífico cuja existência é ameaçada pela elevação dos mares, a COP 23 estará focada no chamado “livro de regras” do Acordo de Paris.

O acordo entrou em vigor no ano passado e estabelece limites de emissão de gases do efeito estufa, para que as mudanças climáticas sejam controladas. (mais…)

Ler Mais

Rio Doce: a lama oculta

Dois anos exatos após o maior crime ambiental do Brasil, mídia esconde outro crime: as manobras de duas mega-corporações globais para esconder sua responsabilidade e permanecer irresponsáveis como sempre

Reportagem de Arthur Viana* – Outras Palavras

A moto de Paula rasgava as ruas de Bento Rodrigues uma última vez; logo não haveria mais nada ali. Corre que a barragem estourou!, gritava ela, junto ao barulho de sua buzina e a outro que parecia turbina de avião – o som da lama chegando para varrer o pequeno distrito do mapa[1]. Era pouco mais de quatro da tarde, porém a história do rompimento da barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues, cidade de Mariana, estado de Minas Gerais, Brasil, não começa nem ali e nem naquele momento. Afinal, para a lama descer, a barragem teve que romper e uma barragem não rompe facilmente – ou ao menos não deveria. Contudo, essa, a do Fundão, responsabilidade da empresa Samarco S.A., estourou em 5 de novembro de 2015, configurando um dos maiores crimes socioambientais da história da humanidade, o maior já registrado no Brasil e o maior envolvendo mineração no mundo. Ao subir o morro no qual se refugiou após salvar sabe-se lá quantas vidas desavisadas, é isso que Paula viu, e faça o esforço de imaginar: 62 milhões de metros cúbicos de lama com rejeitos de minério, quantidade que se estima ter escorrido dos depósitos rompidos da Samarco[2], indo em direção a casas, animais, à cidade toda. Assustador. A quem teve tempo, restou correr – mas correr para onde? (mais…)

Ler Mais

Em Mariana, a vida resiste

Um olhar sobre o cotidiano dos atingidos pelo grande crime ambiental; e o papel da Universidade, para combater a propaganda das empresas que falam em “acidente”

Por Ananda Martins Carvalho* – Outras Palavras

A tarde daquela quinta-feira corria como outra qualquer. Crianças na escola começavam a se agitar para o fim da aula, o senhor de idade levantava do seu costumeiro repouso, trabalhadores retornavam da jornada. Porém, de maneira abrupta, aquilo que alguns temiam se realizou. Por volta das 15 horas e 30 minutos, no município de Mariana, a estrutura da barragem de rejeitos minerários de Fundão, de propriedade da Samarco (Vale/ BHP Billiton) rompeu-se e aproximadamente 40 milhões de metros cúbicos de lama invadiram o leito dos rios Gualaxo do Norte, Carmo e Doce. Em meio a muita poeira e barulhos estrondosos as famílias que moravam à jusante receberam o anúncio. Em questão de minutos, viram a aproximação de uma montanha de lama, que arrombava as portas das casas, derrubava as paredes, arrastava as árvores e os carros. Quem conseguiu, correu com a roupa do corpo para o lugar mais alto que podia alcançar. Para trás foram deixados animais, plantações, casas, documentos, algum retrato de família, algum brinquedo de infância, um objeto de sorte, uma carta de amor. (mais…)

Ler Mais

Más de la mitad de los territorios indígenas en Brasil aún aguarda demarcación

El Informe anual del CIMI muestra que en 2016 hubo un incremento del discurso de odio contra los pueblos indígenas

Por Rute Pina – Servindi

La demarcación de los territorios indígenas en Brasil es muy lenta. En total, 64,5% de los territorios aún esperan el (resultado) de los procesos. Son 836 procesos de 1.296 áreas indígenas que tienen alguna pendencia y todavía no fueron finalizados. (mais…)

Ler Mais

Desmatamento cresce 32% nas Terras Indígenas da Amazônia brasileira, aponta ISA

Uma estimativa produzida pelo Programa Monitoramento de Áreas Protegidas do ISA com base em dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados há duas semanas pelo governo, aponta que o desmatamento nas Terras Indígenas (TIs) da Amazônia brasileira cresceu 32%, entre agosto de 2016 e julho de 2017 

Instituto Socioambiental – ISA / IHU On-Line

A situação é mais crítica no centro e sudoeste do Pará, onde estão as três áreas mais desmatadas no período. A TI Cachoeira Seca acumulou 1.625 hectares de florestas destruídas; a TI Ituna-Itatá, 1.349 hectares; e a TI Kayapó, 891 hectares. Juntas, elas responderam por 38% de todo o desmatamento nesse tipo de área protegida na Amazônia. (mais…)

Ler Mais

Aty Guasu e Conselho Terena denunciam Condisi/MS

Aty Guasu Guarani Kaiowá e Conselho Terena, ambas organizações indígenas de Mato Grosso do Sul, publicaram carta conjunta denunciando os conselheiros do Condisi/MS. Segundo a carta, parte significativa dos conselheiros estaria deixando de exercer a função constitucional de controle social da saúde indígena para defender interesses particulares. “Nos parece que, esses conselheiros, esqueceram quem são seus verdadeiros patrões e por isso estão servindo às instancias privadas, ao sucateamento de nossas estruturas de saúde e às políticas entreguistas e de terceirização que o governo golpista vem pautando. Vemos vocês cada vez mais reféns dos recursos da Missão Kaiowá, defendendo-a para garantir seus cargos e suas diárias, ela banca cada reunião do CONDISI e determina para onde gira a roda do controle social”, afirma a carta. (mais…)

Ler Mais