Processo contra Lula é mais político e ideológico do que construído sobre as bases do direito público. Entrevista especial com Roberto Romano

Por Patricia Fachin, na IHU On-Line

O professor de Ética e Filosofia Roberto Romano era um crítico dos governos de Luiz Inácio Lula da Silva. Na conjuntura atual, sai em defesa do ex-presidente, cujo recurso contra a condenação que recebeu em primeira instância por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro será julgado no dia 24 de janeiro. “Com o passar dos tempos, minha percepção, a partir do evidente abuso de autoridade movido contra o réu, é de que o processo é mais político e ideológico do que construído sobre as bases do direito público”, avalia. (mais…)

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Arqueologia de Bonecos – desafiando o descarte e o caos

Por Alenice Baeta, para Combate Racismo Ambiental

Quem faz o caminho entre a capital mineira Belo Horizonte para a cidade vizinha setecentista Sabará situada no vale do rio das Velhas, passando pela BR 262 via Bairro Alvorada onde há um estreitamento da pista, sem acostamento, pode notar um local em sua margem munido de inúmeros bonecos de pano e de pelúcia dispostos em varal, ripas, árvores e arames. Impressiona a paisagem desse lugar. A primeira vontade é parar e olhar com calma este local inesperadamente diferente, mas não dá… O trânsito e o caos urbano não permitem num primeiro momento…      (mais…)

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“Precisamos escutá-los”: Papa Francisco diz que povos indígenas nunca estiveram tão ameaçados

Povos indígenas do Brasil participaram de encontro com Papa em Puerto Maldonado, no Peru, e elaboraram documento com denúncias

Tiago Miotto – Cimi

“Que agora sejam vocês mesmos que se autodefinam e nos mostrem sua identidade. Precisamos escutá-los”, afirmou o Papa Francisco à multidão de indígenas do Peru, do Brasil e da Bolívia que participavam do encontro no Coliseu Madre de Dios, em Puerto Maldonado, na manhã de sexta (19). Durante cerca de meia hora, depois de receber presentes e ouvir mensagens e denúncias de representantes indígenas do Peru, Francisco falou sobre a riqueza dos saberes e da diversidade indígena, sobre a necessidade de defender a Amazônia e seus povos e, também, sobre as ameaças que estes povos enfrentam em função dos interesses econômicos em seus territórios. (mais…)

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Pará: Justiça Federal condena Vale por danos ambientais em comunidades quilombolas

Mineradora terá que recuperar rios e igarapés, realizar projetos de geração de renda e pagamentos por danos ambientais

Por Lilian Campelo
Do Brasil de Fato / MST

A Justiça Federal condenou a mineradora Vale a reparar os danos ambientais referentes ao assoreamento de rios e igarapés e ao enfraquecimento do solo em comunidades quilombolas do território de Jambuaçu, em Moju (PA). A sentença foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF), nesta segunda-feira (15). (mais…)

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Pistas para um Brasil pós-golpe

Que projeto une Temer, o “mercado”, a mídia e a quase totalidade dos parlamentares? Mais importante: é possível identificar, desde já, eixos para o resgate do país e dos direitos?

Um ensaio de Samuel Pinheiro Guimarães* – Outras Palavras

  1. Há uma luta ideológica, política e econômica entre dois projetos para o Brasil, como Nação, como Sociedade, como Estado.
  2. Estes dois projetos decorrem de visões distintas da sociedade brasileira, de suas características, de seu potencial, de seu lugar no mundo.
  3. O primeiro projeto para o Brasil encontra-se articulado, e em acelerada execução, no programa econômico e político de Michel Temer e Henrique Meirelles, o qual decorre de uma visão do Brasil que pode ser assim resumida:

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Polícia para quem?

Uma delegada crítica reflete sobre a guerra civil não declarada que mata jovens negros, mas também policiais pobres. A que interesses serve o combate violento aos “bandidos”?

Por Bianca Braile**, na revista Piseagrama, parceira editorial de Outras Palavras

O Brasil tem uma experiência democrática muito curta: são mais de 400 anos de história de rupturas e revoltas, governos autoritários, violência e impunidade. Após o período de redemocratização do país e a promulgação da Constituição Federal de 1988, as instituições brasileiras passaram a buscar, aos trancos, barrancos e tropeços, a superação desse arraigado autoritarismo. É difícil encontrar tarefa mais árdua, já que nossa estrutura social foi forjada no bojo de regimes violentos, fortemente hierarquizados e excludentes. O desafio de mudança de paradigma nas instituições responsáveis pela promoção de direitos e de cidadania ¬¬– dentre elas, a polícia – segue assombrando todo o sistema político e social. (mais…)

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