As razões da Tia Lilica: se o Lula é ladrão…, por José Ribamar Bessa Freire

No Taqui Pra Ti

– O Lula disse que queria voltar à Presidência da República para roubar 500 milhões. Eu ouvi a gravação. Era a voz dele. Era ele mesmo – disse a senhora gasguita, que fazia exercícios num simulador de caminhada duplo, na academia ao ar livre para idosos, ao lado de sua amiga, mais gorda, porém de aparência mais jovem. Calado, eu me exercitava ao lado no aparelho de remada sentada. Esse papo rolou um dia depois da condenação de Lula a 12 anos e 1 mês de prisão. (mais…)

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Geraizeiros do Vale Das Cancelas

Famílias que viviam nas chamadas “terras livres” lutam para retomar áreas que foram judicialmente apropriadas por fazendas

Por Jessica Mota, no Repórter Brasil

Um fenômeno peculiar atinge o norte de Minas Gerais, lá onde vive o povo contado por Guimarães Rosa: a grilagem judicial. A prática de falsificar documentos e processos para transformar terras públicas em privadas, identificada no local pela pesquisadora Sandra Gonçalves Costa, da Universidade de São Paulo, remonta as décadas de 1920 e 1930. Foi quando elites locais, com acesso ao aparato jurídico e burocrático da recém-criada República brasileira, começaram a titular como privadas as “terras livres” dos Gerais. A prática se estendeu pelo século seguinte. (mais…)

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Caiçaras de Paraty

Habitantes das praias mais preservadas do litoral carioca, comunidades são proibidas de pescar e expulsas por condomínios de alto padrão

Por Xavier Bartaburu, no Repórter Brasil

Todo o tormento começou com as estradas. Primeiro a Cunha-Paraty (RJ), aberta em 1955, que inaugurou a conexão do território caiçara com o resto do país, trazendo com ela os primeiros turistas e, também, os primeiros interessados em adquirir aquelas terras, de olho no futuro. Quando a Rio-Santos rasgou a região em 1974, estava selado o destino dos caiçaras de Paraty – uma luta infinda para permanecer no lugar de seus antepassados, combatendo dois inimigos ao mesmo tempo: a especulação imobiliária e a preservação ambiental ditada pelo Estado. (mais…)

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Retireiros do Araguaia

Comunidades que criam gado livre em um dos melhores pastos naturais do país são cercadas por plantações de soja e ameaçados por grileiros

Por Xavier Bartaburu, no Repórter Brasil

Desde que chegaram às margens do rio Araguaia movidos pela expansão agrícola dos anos 1940, os retireiros puderam usufruir de um dos melhores pastos naturais do país. Todo ano, quando acaba a temporada de chuvas, o rio volta ao seu leito, transformando a área antes alagada em um grande campo verde, úmido e enriquecido pelos nutrientes deixados pelo rio Araguaia, no Mato Grosso. A esse terreno, dá-se o nome de “varjão”, e foi nele que há quase 80 anos se instalaram os “retiros”. O nome é dado aos pontos onde cada criador instala sua casa, roça e curral para alimentar o gado durante a estiagem. É lá que eles ficam até que voltem as chuvas, por volta de outubro. (mais…)

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Faxinalenses do Paraná

Enquanto aumentam os impactos sobre seu modo de vida centenário, os faxinalenses crescem como força identitária. Suas áreas estão entre as mais preservadas do estado

Por Xavier Bartaburu, no Repórter Brasil

Onde há faxinal, há mata. Quase todos os pontos verdes no mapa do Paraná, exceto a área da Serra do Mar e das grandes unidades de conservação, guardam em si pequenos territórios nascidos da relação do homem com a floresta. Essas comunidades existem há pelo menos 200 anos, e por quase todo esse tempo permaneceram em um estado de delicado equilíbrio entre o uso e a preservação do que a natureza dispõe: a atividade econômica e a vida em comunidade. (mais…)

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Quebradeiras de coco babaçu

Barradas ao tentar entrar nas fazendas onde fazem a colheita tradicional do coco, maranhenses discutem território

Por Xavier Bartaburu*, no Repórter Brasil

Do babaçu, nada se perde. Da palha, cestos. Das folhas, o teto das casas. Da casca, carvão. Do caule, adubo. Das amêndoas, óleo, sabão e leite de coco. Do mesocarpo, uma farinha altamente nutritiva. “A gente diz que a palmeira é nossa mãe”, resume Francisca Nascimento, coordenadora-geral do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu. (mais…)

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Pescadores e vazanteiros do norte de Minas Gerais

Pescadores que plantam nas margens do Rio São Francisco são expulsos e ameaçados de morte. Comunidade inteira entrou em programa de proteção

Por Jessica Mota, no Repórter Brasil

Tem quem compare Reinaldo Silva a Zumbi dos Palmares. Isso porque, como o líder quilombola, Reinaldo só anda à noite. Tem motivo. Ele lidera a retomada das terras de sua comunidade e corre risco se visto de dia. Vive com a esposa e a filha, de 11 anos, e mais 74 famílias na comunidade de Maria Preta, norte de Minas Gerais, município de Itacarambi. (mais…)

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