Intervenção no Rio: Qual o limite do povo antes da desobediência civil?, por Leonardo Sakamoto

No blog do Sakamoto

Crianças obrigadas a abrir suas mochilas escolares para serem revistadas por militares. Moradores sendo fotografados e ”fichados” para poderem sair da comunidade em que vivem. As cenas do Rio de Janeiro sob intervenção federal na área de segurança pública, tendo as Forças Armadas à frente, são apenas o mais novo capítulo de uma longa história de desrespeito aos direitos dos mais pobres. (mais…)

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A desigualdade na ponta do lápis e o trabalhador condenado a pagar pelo processo arquivado

Por Samantha Hassen Borges, no Justificando

Há dez anos sinto o que se passa dentro da sala de audiência. Prolatar uma sentença significa muito mais do que dar uma decisão a um conflito entre as partes.

A palavra sentença é proveniente do latim sentire e, assim, sinto as audiências para tentar, com os erros e acertos inerentes ao ser humano que sou, colocar fim a um conflito de forma justa. (mais…)

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Em eventos sobre a intervenção militar, uma conclusão: moradores de favelas serão os prejudicados

Por Edmund Ruge, no Rio On Watch

O Rio de Janeiro esteve nas manchetes globais novamente na última sexta-feira, quando o Presidente Michel Temer emitiu o decreto declarando a intervenção militar, delegando todas as questões da segurança pública do Estado do Rio de Janeiro ao general Walter Braga Netto. O decreto imprevisto –atribuído ou à preocupação com o aumento de crimes violentos na cidade, ou à manobras políticas, dependendo da fonte consultada– deixou igualmente chocados ativistas comunitários e acadêmicos. Mobilizadores se organizaram para abordar a intervenção, realizando pelo menos três eventos separados nas noites de segunda e terça-feira. (mais…)

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Pirulito e o desembargador: molestando crianças. Por José Ribamar Bessa Freire

No Taqui Pra Ti

Ai do homem que escandalizar uma criança. Se a tua mão direita te serve de escândalo, corta-a e lança-a fora de ti; porque é melhor que se perca um dos teus membros, do que todo o teu corpo ir para o inferno (Mateus, V: 29-30).

Ninguém desconfiava que o velho Pirulito molestava sexualmente sua própria filha, a Tininha, que tinha 5 ou 6 anos. Afinal, ele era insuspeito: puxava a reza em família antes e depois de cada refeição, era zelador do Apostolado da Oração e toda primeira sexta-feira do mês arrastava seu filho, o Pirulitinho para, juntos, assistirem a missa das 5 hs da manhã. Comungava, contrito, com a medalha do Sagrado Coração de Jesus no peito e a fita vermelha em volta do pescoço, cantando: (mais…)

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É só acaso o agravamento simultâneo do desemprego e da criminalidade?, por Janio de Freitas

Foram sobretudo as ramificações paralelas ao tráfico que elevaram tanto a insegurança

Na Folha

A delinquência que faz o pânico e o clamor da população não é a mesma vista como “o problema da criminalidade” pelas áreas específicas dos governos, entre os militares e no alto Judiciário. Tantas vezes fatais, o assalto aos celulares, relógios, bolsas e joias; o ataque armado para tomar o carro ou a moto, os arrastões, os roubos a lojas e seus clientes, tudo em números alarmantes, criam o medo de sair à rua e a insegurança em casa. (mais…)

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Juízes precisam reaprender a fazer justiça

Por Ribamar Fonseca, no Brasil 247

O que é justiça?

São muitas as definições de justiça, mas nenhuma a conceitua com clareza e fidelidade, o que permite aos magistrados o julgamento de acordo com o seu próprio entendimento, estribado na sua capacidade de percepção ou no seu sentimento em relação ao réu. Como consequência, nos casos mais complexos dificilmente haverá unanimidade, porque, como diz velho ditado, “cada cabeça uma sentença”, a não ser quando há uma combinação de votos. (mais…)

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Em Paraty, caiçaras são expulsos por condomínios de “alto padrão”

Habitantes das praias mais preservadas do litoral carioca, comunidades são proibidas de pescar

Por Repórter Brasil, no Carta Capital

Todo o tormento começou com as estradas. Primeiro a Cunha-Paraty (RJ), aberta em 1955, que inaugurou a conexão do território caiçara com o resto do país, trazendo com ela os primeiros turistas e, também, os primeiros interessados em adquirir aquelas terras, de olho no futuro. Quando a Rio-Santos rasgou a região em 1974, estava selado o destino dos caiçaras de Paraty – uma luta infinda para permanecer no lugar de seus antepassados, combatendo dois inimigos ao mesmo tempo: a especulação imobiliária e a preservação ambiental ditada pelo Estado. (mais…)

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