Guerra aos “vagabundos”: sobre os fundamentos sociais da militarização em curso

O discurso aparentemente progressista de que o combate à criminalidade deve vir acompanhado de medidas de integração econômica gira em falso. Tanto esquerda quanto direita se enredam na mesma contradição quando não percebem que as medidas adotadas pelo governo atual são a oficialização de um processo anterior objetivamente em curso de desintegração da socialização baseada no trabalho.

Por Maurilio Lima Botelho*, no Blog da Boitempo

“O que nós precisamos no Estado do Rio é de muita segurança, e o senhor está nos concedendo, está nos ajudando, está nos auxiliando, está sendo parceiro nosso. Mas nós precisamos muito é de emprego, presidente. A gente só ganha a guerra da segurança pública com uma carteira assinada de trabalho. E todos os trabalhadores querem ter a sua carteira assinada.” (Luiz Fernando Pezão, 20 de fevereiro de 2018).

As palavras do governador do estado do Rio de Janeiro foram proferidas em um evento da Marinha do Brasil, com a presença de Michel Temer, poucos dias após a assinatura do decreto de intervenção federal na segurança estadual. Essa afirmação salta aos olhos por sua evidente “contradição performativa”. Uma figura da política brasileira declara a insuficiência do combate ao crime, por via militar, em nome da geração de emprego formal, num momento imediatamente posterior à eliminação das últimas condições de reconhecimento oficial do trabalho regular. Poucos meses após o governo federal ter desferido o golpe de misericórdia na carteira de trabalho, apelar para esta, em nome de uma integração social capaz de evitar a violência generalizada, é tão coerente quanto o autoelogio da disciplina fiscal em meio a uma explosão de endividamento. O discurso aparentemente progressista de que o combate direto à criminalidade deve ser acompanhado de medidas de integração econômica e geração de empregos – presente na boca e no texto de quase todo político e articulista de jornal de grande circulação hoje – gira em falso. (mais…)

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Ministério Público descobre novo canal de despejo irregular de rejeitos da Hydro em Barcarena

Ministério Público Federal notificou a empresa para que faça imediatamente, no prazo de até 48 horas, os procedimentos necessários para vedação do canal. Esta é a segunda vez que a mineradora é notificada pelo mesmo problema. Na primeira, negou a existência de vazamento.

Por G1 PA

Um novo canal de despejo não autorizado foi descoberto pelo Ministério Público do Pará (MPPA), na última sexta-feira (9) após uma vistoria realizada nas dependências da Hydro Alunorte, em Barcarena, nordeste do estado. Segundo informações divulgadas nesta segunda (12), o Ministério Público Federal notificou a empresa para que faça em até 48 horas a vedação do canal. O G1 procurou a Hydro e aguarda posicionamento.

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A pedido do MPF, Justiça determina demarcação da Comunidade Quilombola Lagoa dos Índios

Incra e Fundação Cultural Palmares têm prazo de dois anos para cumprir a decisão e devem indenizar a comunidade em R$ 1 milhão por danos morais coletivos

Procuradoria Regional da República da 1ª Região

O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) decidiu, por unanimidade, dar provimento ao recurso do Ministério Público Federal (MPF) determinando que o Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra) e a Fundação Cultural Palmares (FCP) delimitem e demarquem a área da Comunidade Quilombola Lagoa dos Índios, localizada no Amapá, no prazo de dois anos. (mais…)

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A emancipação feminina e nós homens, por Cândido Grzbowski

Do Ibase

Na última semana, como parte da celebração do dia das mulheres em 8 de março, li muitos artigos profundamente instigantes sobre o longo processo de lutas femininas e feministas pela igualdade de direitos na diferença diante dos homens. Não dá para negar o enorme protagonismo político e visibilidade destes movimentos na atualidade, tanto diante da dominação e violência de que são vítimas por serem mulheres, como diante de governos e grupos reacionários, conservadores e fundamentalistas, no Brasil e no mundo. Isto me levou a pensar na radicalidade transformadora dos movimentos feministas e no seu significado para a humanidade com um todo. (mais…)

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Mineração baiana de urânio em debate no Fórum Social Mundial/2018

Zoraide Vilasboas, Movimento Paulo Jackson – Ética, Justiça, Cidadania

A mineração de urânio na Bahia, um dos mais graves impactos do Programa Nuclear Brasileiro, estará em debate em vários momentos do Fórum Social Mundial, com destaque especial na Tenda do Bem Viver, onde, nos dias 14 e 15 de março, estará em xeque o modelo de desenvolvimento, concentrador de riqueza e multiplicador da miséria, que explora os bens comuns, ameaçando a Vida na Terra. O FÓRUM acontecerá em Salvador, de amanhã a 17 deste mês, na Universidade Federal da Bahia e outros locais. (mais…)

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MG – Mineroduto se rompe, despeja minério e atinge manancial de água em Santo Antônio do Grama

Um dos dutos que leva minério de ferro para os postos se rompeu. A captação de água será interrompida

Larissa Ricci, Estado de Minas

Uma tubulação de mineroduto em Santo Antônio do Grama, na Região da Zona da Mata, se rompeu e despejou minério no manancial que abastece o município e também  o leito do Ribeirão Santo Antônio. Moradores da cidade gravaram vídeos para denunciar o ocorrido. (mais…)

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