Prestes a completar 10 anos, programa apresenta resultados opostos ao que foi previsto
Felipe Betim – El País
Na madrugada do dia 24 de fevereiro, moradores da favela Santa Marta e do resto do bairro de Botafogo foram acordados com intensos tiroteios entre policiais e traficantes no morro. Esta comunidade da nobre Zona Sul do Rio de Janeiro foi a primeira a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) há quase 10 anos, em novembro de 2008. O programa, que — em tese — consiste em ocupar determinando território dominado por facções criminosas, estabelecer um policiamento comunitário, que seja próximo ao cidadão, e abrir caminho para serviços públicos do Estado teve no Santa Marta sua principal vitrine. Hoje, após a instalação de 38 UPPs, o modelo que representou nos últimos anos a esperança de um Rio mais seguro se mostra esgotado, após colecionar uma série de fracassos e escândalos nos últimos anos. Algo que também já se reflete no Santa Marta, que chegou a ficar mais de seis anos sem tiroteios. A velha rotina está de volta. Em meio a uma intervenção federal decreta pelo Governo de Michel Temer, que colocou um general no comando da segurança pública fluminense, qual será o destino das UPPs? Os confrontos nas favelas, incluindo a Santa Marta, se intensificarão? Não há respostas concretas. (mais…)
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