Ministros transformam STF em campo de várzea

Por João Filho, no The Intercept Brasil

Antigamente, os ministros do STF eram pouco conhecidos. Ninguém conhecia suas caras. Depois que as sessões passaram a ser televisionadas em 2002, passaram a ter grande visibilidade e ficaram mais próximos dos brasileiros. O trabalho do STF se tornou mais transparente e ajudou a população a conhecer melhor como funciona a Justiça no país. Por outro lado, os holofotes aguçaram os já normalmente inflados egos dos juízes que integram a mais alta corte do país. De qualquer forma, é melhor que seja assim. (mais…)

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Carta aberta à professora Alba Zaluar

Por Maria Isabel Couto*, na Revista Escuta

Prezada professora Alba Zaluar,

É com tristeza que escrevo esta carta pública em resposta a sua recente entrevista à Folha de São Paulo, no dia 21 de março de 2018. Não há como negar a importância das suas pesquisas para o campo de estudos sociológicos de favela e violência. Quantos de nós, cientistas sociais estudiosos destas temáticas, passaram sem ler “A Máquina e a Revolta” ou “Um Século de Favela”? Imagino que poucos. É justamente por essa influência que a senhora exerceu na formação de muitos de nós, que gostaria de tecer aqui alguns comentários sobre a sua entrevista. (mais…)

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A polícia que quer uma nova polícia

Na contramão do discurso que predomina nas corporações, grupos progressistas de policiais militares e civis, guardas municipais e agentes dialogam pelas redes sociais e tentam repensar a segurança pública

Por Manuela Azenha, no PáginaB

O caso Amarildo transformou o de­le­gado Orlando Zaccone em um “policial que incomoda”, como ele mesmo se define. O carioca da Tijuca já defendia publicamente questões controversas, ainda mais nesse meio, como a legalização de todas as drogas e a desmilitarização do modelo de segurança. Além disso, o delegado tem uma trajetória incomum: antes de entrar para a polícia, foi repórter do jornal O Globo durante um ano, ainda na juventude, desistiu e virou monge hare krishna, “estava com alguns questionamentos existenciais”, e depois foi cursar Direito. (mais…)

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Os índios que a Camila Pitanga viu no Mar, por José Ribamar Bessa Freire

No Taqui Pra Ti

A atriz Camila Pitanga visitou, na sexta-feira (16), os Guarani, os Pataxó, os Puri e os índios em contexto urbano residentes no Rio. Foi na Exposição Dja Guatá Porã: Rio de Janeiro Indígena, no Museu de Arte do Rio (MAR). Logo na entrada, ela atravessou a passarela de acesso ao Pavilhão de Exposições e passou pela instalação sonora que lhe permitiu ouvir dezenas de línguas indígenas. Depois, circulou pelos quatro núcleos que exibem objetos, vídeos, fotos, maquetes, documentação histórica e iconográfica e pelas cinco estações: arte, educação, comércio, mulher e natureza. (mais…)

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Com plateia de seguidores, ódio se alastra pela internet

Redes sociais reproduzem uma sociedade violenta e punitivista, e 78% das pessoas se informam por elas

Por Litza Mattos, em O Tempo

Nas primeiras 42 horas após o assassinato da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, a internet foi inundada por uma enxurrada de comentários polarizados entre o ódio e a defesa dos direitos humanos. De acordo com o levantamento da Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV-DAPP), somente no Twitter a notícia mobilizou 1,16 milhão de menções, superando o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. (mais…)

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O legado de Marielle Franco e a luta pelo futuro do Rio e do Brasil

“Eles tentaram nos enterrar, mas não sabiam que éramos sementes” (provérbio citado nos eventos do dia 14 de março, em luto à morte da vereadora carioca, Marielle Franco)

Por Theresa Williamson, no Rio On Watch

O tráfico de escravos no Brasil durou 60% mais tempo que o tráfico de escravos nos Estados Unidos e o país importou dez vezes mais africanos escravizados. Uma única cidade –o Rio de Janeiro–recebeu cinco vezes mais africanos escravizados do que os Estados Unidos inteiro, tornando-a o maior ponto de entrada de escravos na história. O Brasil foi o último país a abolir a escravidão nas Américas, apenas algumas gerações atrás –a Lei Áurea completará 130 anos no próximo mês de maio. (mais…)

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Hélio Eichbauer: O escultor dos vazios

Por Mariana Filgueiras e Ronaldo Pelli, na Continente

Assim como Michelangelo, para quem o bloco de mármore já continha a escultura que ele apenas revelaria ao desbastar a pedra, o principal cenógrafo brasileiro, Hélio Eichbauer, enxerga nos vazios de um palco virgem todas as formas que precisam ser retiradas para compor um cenário. Fica apenas o essencial. Para o polivalente e minimalista artista de 76 anos, o espaço é a sua principal matéria-prima. (mais…)

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