Os fotógrafos Ana Mendes e Pablo Albarenga passaram três anos documentando os indígenas do Mato Grosso do Sul
Por Ana Mendes, Pablo Albarenga, A Pública
“A morte estava na atmosfera”
A primeira coisa que aprendi quando cheguei ao Mato Grosso do Sul foi a pensar na morte. Me surpreendia a presença dela na fala dos indígenas, mas não só deles. A morte estava na atmosfera de todo mundo que vivia naquele lugar e o enxergava sob a ótica de um dos mais violentos conflitos de terra do país. Os índices não deixavam dúvidas. Em 2016, o primeiro ano em que estive lá, a média foi de quase dois Guarani e Kaiowá mortos por mês – além de 16 tentativas de assassinato computadas pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). (mais…)
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